Ontem, 9 de Março de 2029, o índice Dow Jones caiu 7,79%, a sua segunda maior perda de sempre.
Para que se possa avaliar a importância daquele número, recordemos que o maior recuo aconteceu a 15 de Outubro de 2008 quando o índice perdeu 7,87%.
10 comentários:
Anónimo
disse...
Exactamente! Li nestas caixas de comentários apelos à calma quando eu apenas extrapolava baseado em informações que se vieram a confirmar (infelizmente!) fidedignas.
Como os italianos estão a perceber agora, a única forma de lidar com a propagação do COVID-19 é com cordões sanitários e quarentenas que rebentam com a actividade económica.
Se as informações que chegam da China forem verídicas, o estado policial, invasivo da privaciddade e ultra-disciplinado da RPC terá servido para pelo menos travar a propagação do virus através da China. E sim, o grau de preparação e efeciência dos sistemas de saúde pública vai fazer a diferença.
Confirma-se também que a forma como nos comportamos socialmente vai ser determinante. A única variável que me interpela é se vai "surgir" uma vacina ou não. Não é um pormenor dispiciendo. É um instrumento de poder que decide da vida ou da morte de milhões de seres humanos e quanto é que cada um individualmente ou quanto os estados vão ter de pagar pela imunidade.
A situação de Pt é das mais frágeis. Como tradicionalmente os países do Sul da Europa baseiam as suas economias no turismo, isso significa que vão ser mais duramente atingidas do que os do Centro e Norte da Europa. Mais um choque assimétrico. Nestas condições o euro não pode sobreviver. Ou passaremos a depender da "generosidade" de alemães e holandeses ou precisamos de readquirir o controlo da nossa política monetária.
Uma palavra em relação à discussão entre política monetária e fiscal. Se é verdade que não se pode atirar dinheiro ao virus, a experiência da China significa que este choque pelo lado da oferta implica que os governos têm de se financiar mesmo com a economia semi-paralisada, o que significa maiores défices e mais dívida. É isso ou aceitar taxas de infecção e mortalidade descomunais. Na realidade não é uma escolha, porque como 20% dos infectados requer cuidados hospitalares a necessidade de cuidar deles e o medo basta para paralisar a economia.
O professor Steve Keen elaborou sobre a necessidade de um "jubileu" que apague uma boa parte do débito existente a nível mundial.
Amigo anonimo, E os apelos a calma permanecem exactamente iguais. Ponto previo a resposta da UE ao COVID-19 tem sido, previsivelmente, patetica. O trafego aereo, TGV e outros meios de transporte internacional de largos volumes de pessoas deveriam de ter sido banidos de certas zreas de Italia na semana em que se soube de grande numero de casos em Italia nao importados ou directamente ligados a importacoes. Como sempre a neoliberal UE so quer saber dos lucros das corporacoes. Agora, nao vale a pena pensar que isto vai ser um choque muito profundo na economia porque o pico epidemico deste virus ocorrera na Europa algures nas proximas 2 semanas. Mais: a Primavera esta a chegar e com ela aumento de temperaturas ambiente e alteracao de habitos sociais associados a isso. As ferias da Pascoa este ano serao alargadas eventualmente e havera reducao nos numeros de turistas a circular pela Europa mas quando chegar o Verao a peidemia estara ja claramente em fase descendente. O que se viu nos mercados financeiros e um exagero em minha opiniao. Este virus nao tera um impacto de longo prazo na estrutura economica, porque uma vez completa a primeira ronda de circulacao pelo mundo, havera niveis de imunidade para mitigar a transmissao e la para o fim do ano chegara a vacina. Isto nos mercados e panico. As quebras no petroleo e devido as previsiveis quebras no consumo de petroleo pelas companhias aereas que podera ter efeitos de mais longo prazo porque surge ao mesmo tempo que a agenda climatica ganha cada vez maior importancia. O resto? O resto e panico em boa medida gerado por autoridades de saude europeias incompetentes. A capacidade produtiva deste mundo e muito superior as necessidades da populacao humana. A escassez que se ve e devido a picos de consumo de alguns items. Nao falta nada em lado algum verdadeiramente. A China esteve TRES MESES a trabalhar a meio gas e nao faltou nada ainda verdadeiramente e agora estao a regressar gradualmente as fabricas. O verdadeiro drama nesta crise e a incompetencia das autoridades de saude publica em implementar medidas de contencao da doenca energicas e as mortes adicionais que advirao desta incompetencia. A China cumpriu a sua funcao e deu ao mundo pelo menso umas 3 semanas, a Europa teria competido atrasar a propagacao mais umas 3 semanas e teriamos o pico epidemico firmemente na Primavera, seria um pico mais baixo, menos casos, menos mortes... em vez disso era preciso manter "a industria do turismo" a funcionar. Temos aquilo que temos. O virus em si nao e uma razao para uma crise economica global. Se houver uma crise global economica entao isso sera por outros motivos subjacentes a operarem, nos quais o COVID-19 funciona simplesmente como "a pena que parte as costas ao camelo" mero factor acelerador do que ja ai vinha. Nada mais que isso.
Era bom, antes de tudo, que os anónimos ganhassem a coragem de assinar o que escrevem. Leninismo de sofá sob a capa do anonimato é fácil.
O facto de Portugal acabar o ano de 2019 com um provável superavit orçamental permite-lhe utilizar os instrumentos de estímulo financeiro (baixa de impostos e aumento da défice) a que de outro modo teria dificuldade em recorrer. 3% do PIB é muito dinheiro...
Veremos se os restantes Partidos irão dar agora a mão ao PS, ou se persistirão na guerrilha partidária que tem caracterizado a actividade política desde o início da legislatura (e relativamente à qual o PS tem igualmente responsabilidades).
Ou será que o preparem-se é um mero desejo do 'quanto pior, melhor'? Não é apenas o Governo de Costa que irá estar debaixo de fogo... São os restantes Partidos e a própria democracia. Por isso, livrem-se de fazer asneiras...
Arre que Jaime Santos consegue enganar-se até nos mais pequenos dos detalhes.
É verdadeiramente inacreditável como o homem pode estar tão errado nas grandes como nas pequenas coisas. Se o LdB me permite publicar comentários como anónimo pretendo continuar isso mesmo, anónimo! A qualidade do que escrevo e a justeza das minhas análises fala por si, não preciso nem tenho nada a explicar nem a defender.
Mas, dizia eu, Jaime Santos não acerta uma. Para a pequena história fica que nem eu seu leninista nem tenho sequer um sofá em casa por uma questão de escolha. Há gajos que têm sina de errar em tudo. LOL
Não posso deixar de concordar com o comentário do JS,no uso excessivo do anonimato que vem contaminando o blogue nos tempos mais recentes. Quanto às previsões de picos de contaminação por coronavírus e às normais,habituais e corriqueiras acusações dirigidas ao turismo,ao euro,à UE,ou a todas ao mesmo tempo,tem o peso e o significado que cada um lhe queira dar,embora seja mais avisado ir acompanhando a evolução do Covid-19,noutras geografias em que o espectáculo e a encenação costumam ir ocultando a realidade.
Compreendo as dores de barriga do Sr Jaime Santos e o incómodo do Sr José Cruz, mas são os autores do blog que têm que dicidir se um comentário é ou não admissível, se é ou não válido e se contribui ou não para o esclarecimento dos leitores.
O que eu afirmo não são "corriqueiras acusações dirigidas ao turismo", é a elementar constatação de que o sustentáculo do precário equilíbrio da economia portuguesa está sob uma ameaça muito séria e muito real. Se José Cruz pretende escamotear a questão o problema é dele. E em parte alguma eu "acuso o turismo". Mas José Cruz acha mesmo que Portugal vai passar incómule por este problema global?
O alerta que aqui lanço pode ser embaraçoso para o governo mas não é menos real. Foi abordado em várias publicações online e só pode ser considerado um segredo de polichinelo. A pergunta que José Cruz se deve fazer é: E agora? O coronavirus destrói um equilíbrio precário no seio da zona euro. Como vamos sair da enrascada com o mínimo de danos?
O video acima dá bem conta do preço que a China paga para conter propagação do virus. Quando fôr necessário encerrar restaurantes e espaços comerciais quantos deles têm reservas financeiras para aguentar o lockout? O que vai o governo fazer em relação a isso? Seria interessante que alguém explicasse o que é que a Comissão autoriza o governo a fazer.
O artigo do Professor Steve Keen aponta medidas muito concretas mas que exigem a colaboração do BCE e do Conselho Europeu. Se a solidariedade europeia fôr da mesma qualidade da que foi prestada à Grécia isso pelo menos clarificará as mentes de alguns europeístas iludidos.
A contenção do COVID-19 em Itália não é só benéfica para os italianos, é também essencial para os países do centro. E vejam lá que o virus até se dá melhor com temperaturas mais baixas aí à volta dos 6 a 7ºC, que por sinal são mais frequentes nos virtuosos países do norte e centro.
Será que é boa altura para contarem tostões em Frankfurt ou Berlim? Não me parece... A Itália tem a vantagem de ter um peso económico que a torna mais difícil de "resgatar" do que a Grécia, porque não se iludam, as quarentenas têm custos. Altos.
Não tenho quaisquer dúvidas que o ECB, para manter a zona euro, vai ter que monetizar descomunais montantes de dívida pública porque nem com toda a criatividade se conseguirá mascarar a insustentabilidade destas depois de passar a pandemia. Aliás já houve afirmações de governantes alemães que admitiam que o Bundesbank emitisse mais dívida. Porquê? Porque sabem que a escassez de dívida pública alemã é um travão à compra de dívida dos países do Sul o porque o BCE só o pode fazer em montantes proporcionais à quota que cada país tem no capital do Banco Central Europeu. A medida radical seria o BCE comprar dívida segundo as necessidades e sem respeitar essa "key" de proporção de capital, mas isso seria difícil de engulir pelos "virtuosos".
10 comentários:
Exactamente!
Li nestas caixas de comentários apelos à calma quando eu apenas extrapolava baseado em informações que se vieram a confirmar (infelizmente!) fidedignas.
Como os italianos estão a perceber agora, a única forma de lidar com a propagação do COVID-19 é com cordões sanitários e quarentenas que rebentam com a actividade económica.
Se as informações que chegam da China forem verídicas, o estado policial, invasivo da privaciddade e ultra-disciplinado da RPC terá servido para pelo menos travar a propagação do virus através da China. E sim, o grau de preparação e efeciência dos sistemas de saúde pública vai fazer a diferença.
Confirma-se também que a forma como nos comportamos socialmente vai ser determinante.
A única variável que me interpela é se vai "surgir" uma vacina ou não. Não é um pormenor dispiciendo. É um instrumento de poder que decide da vida ou da morte de milhões de seres humanos e quanto é que cada um individualmente ou quanto os estados vão ter de pagar pela imunidade.
A situação de Pt é das mais frágeis. Como tradicionalmente os países do Sul da Europa baseiam as suas economias no turismo, isso significa que vão ser mais duramente atingidas do que os do Centro e Norte da Europa. Mais um choque assimétrico. Nestas condições o euro não pode sobreviver. Ou passaremos a depender da "generosidade" de alemães e holandeses ou precisamos de readquirir o controlo da nossa política monetária.
Uma palavra em relação à discussão entre política monetária e fiscal. Se é verdade que não se pode atirar dinheiro ao virus, a experiência da China significa que este choque pelo lado da oferta implica que os governos têm de se financiar mesmo com a economia semi-paralisada, o que significa maiores défices e mais dívida. É isso ou aceitar taxas de infecção e mortalidade descomunais. Na realidade não é uma escolha, porque como 20% dos infectados requer cuidados hospitalares a necessidade de cuidar deles e o medo basta para paralisar a economia.
O professor Steve Keen elaborou sobre a necessidade de um "jubileu" que apague uma boa parte do débito existente a nível mundial.
https://braveneweurope.com/steve-keen-a-modern-jubilee-as-a-cure-to-the-financial-ills-of-the-coronavirus
Esta perspectiva vai por o troll residente "José" aos uivos, o que até me divertiria se não fôra a gravidade do assunto.
É bom que se comecem a equacionar medidas extremas para as ameaças que se perfilam que também são extremas.
Amigo anonimo,
E os apelos a calma permanecem exactamente iguais.
Ponto previo a resposta da UE ao COVID-19 tem sido, previsivelmente, patetica. O trafego aereo, TGV e outros meios de transporte internacional de largos volumes de pessoas deveriam de ter sido banidos de certas zreas de Italia na semana em que se soube de grande numero de casos em Italia nao importados ou directamente ligados a importacoes. Como sempre a neoliberal UE so quer saber dos lucros das corporacoes.
Agora, nao vale a pena pensar que isto vai ser um choque muito profundo na economia porque o pico epidemico deste virus ocorrera na Europa algures nas proximas 2 semanas. Mais: a Primavera esta a chegar e com ela aumento de temperaturas ambiente e alteracao de habitos sociais associados a isso.
As ferias da Pascoa este ano serao alargadas eventualmente e havera reducao nos numeros de turistas a circular pela Europa mas quando chegar o Verao a peidemia estara ja claramente em fase descendente.
O que se viu nos mercados financeiros e um exagero em minha opiniao. Este virus nao tera um impacto de longo prazo na estrutura economica, porque uma vez completa a primeira ronda de circulacao pelo mundo, havera niveis de imunidade para mitigar a transmissao e la para o fim do ano chegara a vacina.
Isto nos mercados e panico. As quebras no petroleo e devido as previsiveis quebras no consumo de petroleo pelas companhias aereas que podera ter efeitos de mais longo prazo porque surge ao mesmo tempo que a agenda climatica ganha cada vez maior importancia. O resto? O resto e panico em boa medida gerado por autoridades de saude europeias incompetentes. A capacidade produtiva deste mundo e muito superior as necessidades da populacao humana. A escassez que se ve e devido a picos de consumo de alguns items. Nao falta nada em lado algum verdadeiramente. A China esteve TRES MESES a trabalhar a meio gas e nao faltou nada ainda verdadeiramente e agora estao a regressar gradualmente as fabricas.
O verdadeiro drama nesta crise e a incompetencia das autoridades de saude publica em implementar medidas de contencao da doenca energicas e as mortes adicionais que advirao desta incompetencia. A China cumpriu a sua funcao e deu ao mundo pelo menso umas 3 semanas, a Europa teria competido atrasar a propagacao mais umas 3 semanas e teriamos o pico epidemico firmemente na Primavera, seria um pico mais baixo, menos casos, menos mortes... em vez disso era preciso manter "a industria do turismo" a funcionar. Temos aquilo que temos.
O virus em si nao e uma razao para uma crise economica global. Se houver uma crise global economica entao isso sera por outros motivos subjacentes a operarem, nos quais o COVID-19 funciona simplesmente como "a pena que parte as costas ao camelo" mero factor acelerador do que ja ai vinha. Nada mais que isso.
Era bom, antes de tudo, que os anónimos ganhassem a coragem de assinar o que escrevem. Leninismo de sofá sob a capa do anonimato é fácil.
O facto de Portugal acabar o ano de 2019 com um provável superavit orçamental permite-lhe utilizar os instrumentos de estímulo financeiro (baixa de impostos e aumento da défice) a que de outro modo teria dificuldade em recorrer. 3% do PIB é muito dinheiro...
Veremos se os restantes Partidos irão dar agora a mão ao PS, ou se persistirão na guerrilha partidária que tem caracterizado a actividade política desde o início da legislatura (e relativamente à qual o PS tem igualmente responsabilidades).
Ou será que o preparem-se é um mero desejo do 'quanto pior, melhor'? Não é apenas o Governo de Costa que irá estar debaixo de fogo... São os restantes Partidos e a própria democracia. Por isso, livrem-se de fazer asneiras...
Arre que Jaime Santos consegue enganar-se até nos mais pequenos dos detalhes.
É verdadeiramente inacreditável como o homem pode estar tão errado nas grandes como nas pequenas coisas. Se o LdB me permite publicar comentários como anónimo pretendo continuar isso mesmo, anónimo!
A qualidade do que escrevo e a justeza das minhas análises fala por si, não preciso nem tenho nada a explicar nem a defender.
Mas, dizia eu, Jaime Santos não acerta uma.
Para a pequena história fica que nem eu seu leninista nem tenho sequer um sofá em casa por uma questão de escolha. Há gajos que têm sina de errar em tudo. LOL
Não posso deixar de concordar com o comentário do JS,no uso excessivo do anonimato que vem contaminando o blogue nos tempos mais recentes.
Quanto às previsões de picos de contaminação por coronavírus e às normais,habituais e corriqueiras acusações dirigidas ao turismo,ao euro,à UE,ou a todas ao mesmo tempo,tem o peso e o significado que cada um lhe queira dar,embora seja mais avisado ir acompanhando a evolução do Covid-19,noutras geografias em que o espectáculo e a encenação costumam ir ocultando a realidade.
Um interessante video de ARTE que mostra como é a quarentena em Pequim:
https://www.arte.tv/fr/videos/095527-000-A/pekin-journal-d-une-quarantaine/
Compreendo as dores de barriga do Sr Jaime Santos e o incómodo do Sr José Cruz, mas são os autores do blog que têm que dicidir se um comentário é ou não admissível, se é ou não válido e se contribui ou não para o esclarecimento dos leitores.
O que eu afirmo não são "corriqueiras acusações dirigidas ao turismo", é a elementar constatação de que o sustentáculo do precário equilíbrio da economia portuguesa está sob uma ameaça muito séria e muito real. Se José Cruz pretende escamotear a questão o problema é dele.
E em parte alguma eu "acuso o turismo". Mas José Cruz acha mesmo que Portugal vai passar incómule por este problema global?
O alerta que aqui lanço pode ser embaraçoso para o governo mas não é menos real. Foi abordado em várias publicações online e só pode ser considerado um segredo de polichinelo. A pergunta que José Cruz se deve fazer é: E agora? O coronavirus destrói um equilíbrio precário no seio da zona euro. Como vamos sair da enrascada com o mínimo de danos?
O video acima dá bem conta do preço que a China paga para conter propagação do virus. Quando fôr necessário encerrar restaurantes e espaços comerciais quantos deles têm reservas financeiras para aguentar o lockout? O que vai o governo fazer em relação a isso? Seria interessante que alguém explicasse o que é que a Comissão autoriza o governo a fazer.
O artigo do Professor Steve Keen aponta medidas muito concretas mas que exigem a colaboração do BCE e do Conselho Europeu. Se a solidariedade europeia fôr da mesma qualidade da que foi prestada à Grécia isso pelo menos clarificará as mentes de alguns europeístas iludidos.
A contenção do COVID-19 em Itália não é só benéfica para os italianos, é também essencial para os países do centro. E vejam lá que o virus até se dá melhor com temperaturas mais baixas aí à volta dos 6 a 7ºC, que por sinal são mais frequentes nos virtuosos países do norte e centro.
Será que é boa altura para contarem tostões em Frankfurt ou Berlim? Não me parece...
A Itália tem a vantagem de ter um peso económico que a torna mais difícil de "resgatar" do que a Grécia, porque não se iludam, as quarentenas têm custos. Altos.
Não tenho quaisquer dúvidas que o ECB, para manter a zona euro, vai ter que monetizar descomunais montantes de dívida pública porque nem com toda a criatividade se conseguirá mascarar a insustentabilidade destas depois de passar a pandemia. Aliás já houve afirmações de governantes alemães que admitiam que o Bundesbank emitisse mais dívida. Porquê? Porque sabem que a escassez de dívida pública alemã é um travão à compra de dívida dos países do Sul o porque o BCE só o pode fazer em montantes proporcionais à quota que cada país tem no capital do Banco Central Europeu. A medida radical seria o BCE comprar dívida segundo as necessidades e sem respeitar essa "key" de proporção de capital, mas isso seria difícil de engulir pelos "virtuosos".
Voltando ao turismo.
Em Espanha são as associações empresariais que em vez de escamotearem a questão apresentam as suas razões:
https://www.reuters.com/article/us-health-coronavirus-spain-tourism-idUSKBN20T2J1
E aqui fala-se dos aviões que voam quase vazios apenas para manterem o direito das companhias às rotas. Sem aviões cheios os turistas vêm como? A pé?
https://www.bbc.com/news/business-51809318
E aqui são sugeridas medidas para minimizar o impacto económico do COVID-19:
https://braveneweurope.com/richard-murphy-an-economic-plan-to-beat-the-impact-of-coronavirus
Neste artigo o nosso conhecido Ashoka Mody afirma que Itália vai precisar de um resgate de 500 a 700 biliões de Euros:
https://www.marketwatch.com/story/italy-will-need-a-precautionary-bailout-a-financial-firewall-as-coronavirus-pushes-it-to-the-brink-2020-03-10
Deem-me papel, tinta e jubileus, para que eu seja feliz!
José, vai lamber sabão!
Só para perceberes como estás errado vê como em Itália se começa a pensar como evitar que o COVID-19 se transforme numa bancarrota generalizada:
https://www.independent.co.uk/news/world/europe/coronavirus-italy-economy-mortgage-payments-symptoms-lockdown-latest-a9389486.html
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