O que o grafico diz, anónimo, é que estamos a regressar a niveis de desigualdade económica típicos do século 19. E que uma coisa que esteve presente, e terá sido determinante, numa maior redistribuição da riqueza foi o movimento sindical, com todas as suas conquistas ao longo do século XX. E uma coisa que não está no gráfico mas creio que é demonstrável, é que o periodo de maior igualdade também corresponde ao perido de maior PIB per capita e maior crescimento. Ou seja, a famosa maré que levanta os barcos todos é a maré da igualdade e não a da acumulação de capital.
O neoliberalismo actua não tanto sobre as acções propriamente ditas mas essencialmente sobre o "ambiente" onde estas se desenvolvem. Neste sentido, mais do que proibir, corrigir ou disciplinar práticas o que assistimos é à redução das condições que as tornam possíveis. Não é pois uma questão de "não se poder fazer", mas sim de "não ser possível ou de não valer a pena fazer". Parece-me que a legitimação do slogan emblemático neoliberal da inevitabilade e da inexistência de alternativas resulta deste estabelecimento das "condições de possibilidade" para acção, representando a descrença dos trabalhadores na greve, entendida como elemento eficaz de reivindicação social, uma das suas consequências.
L. Rodrigues: "E uma coisa que não está no gráfico mas creio que é demonstrável, é que o periodo de maior igualdade também corresponde ao perido de maior PIB per capita e maior crescimento".
JCG: Muito bem, L. Rodrigues. Sentimo-nos tentados a concluir: "as relações de produção são um obstáculo ao desenvolvimento das forças produtivas". Será?
5 comentários:
Importa-se de explicar o conteúdo do gráfico,para leitores com menos informação?
O que o grafico diz, anónimo, é que estamos a regressar a niveis de desigualdade económica típicos do século 19.
E que uma coisa que esteve presente, e terá sido determinante, numa maior redistribuição da riqueza foi o movimento sindical, com todas as suas conquistas ao longo do século XX.
E uma coisa que não está no gráfico mas creio que é demonstrável, é que o periodo de maior igualdade também corresponde ao perido de maior PIB per capita e maior crescimento.
Ou seja, a famosa maré que levanta os barcos todos é a maré da igualdade e não a da acumulação de capital.
Este gráfico devia estar na primeira página de todos os sites de sindicatos.
O neoliberalismo actua não tanto sobre as acções propriamente ditas mas essencialmente sobre o "ambiente" onde estas se desenvolvem. Neste sentido, mais do que proibir, corrigir ou disciplinar práticas o que assistimos é à redução das condições que as tornam possíveis. Não é pois uma questão de "não se poder fazer", mas sim de "não ser possível ou de não valer a pena fazer". Parece-me que a legitimação do slogan emblemático neoliberal da inevitabilade e da inexistência de alternativas resulta deste estabelecimento das "condições de possibilidade" para acção, representando a descrença dos trabalhadores na greve, entendida como elemento eficaz de reivindicação social, uma das suas consequências.
L. Rodrigues: "E uma coisa que não está no gráfico mas creio que é demonstrável, é que o periodo de maior igualdade também corresponde ao perido de maior PIB per capita e maior crescimento".
JCG: Muito bem, L. Rodrigues. Sentimo-nos tentados a concluir: "as relações de produção são um obstáculo ao desenvolvimento das forças produtivas". Será?
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