segunda-feira, 10 de junho de 2013

Crise

Hollande: “A crise na Europa acabou”. Com afirmações destas, e com as apostas políticas que lhes subjazem, será de admirar que, também em França, clown e presidente seja uma das associações na mente de cada vez mais cidadãos? Esta ideia absurda foi defendida por Hollande logo em pleno Japão. O contraste entre a Abenomics, a mobilização dos instrumentos de política – orçamental, monetária ou cambial – por um governo de um Estado soberano e a situação na Zona Euro não podia ser mais gritante: enquanto que o Japão revê crescimento do primeiro trimestre em alta para 4,1%, na Zona Euro o crescimento é sempre revisto em baixa e o desemprego em alta, claro, ao mesmo tempo que o desenvolvimento desigual se aprofunda e a própria França está numa posição cada vez mais subalterna. Hollande ou Seguro, leiam a confrangedora entrevista deste último no Público de sexta-feira e depois releiam o realista poste do Alexandre Abreu escrito antes, são as expressões do triste estado da social-democracia europeia, participante num dos mais desgraçados episódios da história das ideologias: o da sua autodestruição por via de um processo de integração que não cessou e não cessa de promover.

1 comentário:

Corvo Negro disse...

Manuel Pinho em versão chauvinista.
Com um PS assim (cá nã me parece melhor) como não há de a direita cantar de galo? Francamente.