terça-feira, 11 de junho de 2013
Eles e nós
Três quartos da rede dos correios assegurada por entidades externas. Tudo pronto para a privatização dos CTT, incluindo o famoso banco JP Morgan, especialista em intoxicações financeiras. A banca está sempre pronta para prosperar à custa dos poderes públicos. Tudo então está pronto para mais uma machadada nas instituições de que é feita uma comunidade política digna desse nome. Assim se destrói um país. Cavaco, que iniciou esta moda das privatizações sem fim, com os seus espectaculares resultados, só pode apoiar, claro. De resto, e aplicando aqui os termos de Michael Sandel, no seu último e muito recomendável livro sobre os limites morais dos mercados, a privatização de mais um bem social não é apenas um problema de geração de desigualdade no seu acesso, mas também é um problema de corrupção, de subversão dos fins da instituição que o provisiona, de corrosão das normas sociais que lhe dão sentido, da ética dos seus profissionais e das relações laborais que a assegura, da confiança num serviço público fundamental. Os serviços públicos são um momento em que se conjuga a primeira pessoa do plural de que é feita uma comunidade. Se eles conseguirem privatizar os CTT, nós teremos de voltar a nacionalizá-los: esta é que é uma daquelas questões nacionais que tem de merecer o compromisso de uma imensa maioria, para usar um termo muito em voga ontem em Elvas. As verdadeiras questões nacionais são hoje profundamente subversivas ou não estivéssemos sob tutela de fora através das elites cá de dentro.
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1 comentário:
O momento presente, é um bocado como um acontecimento astronómico... hoje,e daqui a uns séculos!
A estratégia da Esquerda que luta contra os poderes instalados, não pode seguir um caminho, que não o da ruptura!
Ruptura, significa reverter todos os "roubos"que vão sendo implementados por esta elite, podre e corrompida pelos vícios que grassam nos dirigentes de colectivos, desta nojenta e repugnante democracia representativa.
Conquistar o povo para a luta contra a podridão, implica encostar á parede os dirigentes responsáveis pelo..."vira o disco e toca o mesmo!" .
A união da Esquerda, não pode ser a união dos aparelhos partidários (...ou parte deles! ),que tenderá a esconder as responsabilidades dos partidos responsáveis, pela falência do sistema democrático.
Os bois...têm nome!
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