E o desemprego que não cessa de aumentar por aqui, graças à austeridade depressiva, sendo que na Zona Euro as médias também enganam muito? Responde Borges com todo o descaramento que o poder do dinheiro parece cada vez mais autorizar: problema rapidamente ultrapassável se “fosse mudado o ambiente dominado pela regulação e a ideia de que é preciso proteger o empregador do funcionário e o funcionário do empregador”. O ambiente tem mudado na linha de Borges e continuará a mudar sem quaisquer impactos positivos no emprego. A ideia é clara e não passa necessariamente por criar postos de trabalho, até porque a procura, salarial e não só, está sendo comprimida: trata-se de usar o aumento do desemprego, o medo, para continuar alterar estruturalmente a correlação de forças nas relações laborais, assegurando a redistribuição de baixo para cima. A força de Borges é a força de quem manda em Bruxelas e em Frankfurt, a força do projecto europeu realmente existente e das suas estruturas. Um dos meus maiores receios, de resto cada vez mais fundado, é mesmo que consigam continuar a pôr esta casa numa ordem que é desordem para a maioria.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Em ordem?
Vamos lá repetir. Os EUA, ao contrário da Zona Euro, começaram a sair da crise internacional que aí teve origem, graças ao uso, apesar de tudo muito mais aguerrido até certa altura, da política orçamental e monetária, que as duas têm de andar de mão dada. A verdade é que os EUA são os Estados Unidos da América, o que significa que existe soberania monetária, sendo os limites à política orçamental de combate à crise puramente políticos. Também existe muito maior redistribuição entre Estados. Estados Unidos da Europa é coisa que a aberração monetária e orçamental deste lado do Atlântico nunca será, até devido à mais intensa polarização social e regional, se fizermos a análise à escala da desunião. É claro que esta realidade é ocultada por gente como Borges: “a Europa tem estado a pôr a casa em ordem, algo que os Estados Unidos ainda precisam fazer”. Um gráfico sobre a evolução do PIB nos dois lados:
E o desemprego que não cessa de aumentar por aqui, graças à austeridade depressiva, sendo que na Zona Euro as médias também enganam muito? Responde Borges com todo o descaramento que o poder do dinheiro parece cada vez mais autorizar: problema rapidamente ultrapassável se “fosse mudado o ambiente dominado pela regulação e a ideia de que é preciso proteger o empregador do funcionário e o funcionário do empregador”. O ambiente tem mudado na linha de Borges e continuará a mudar sem quaisquer impactos positivos no emprego. A ideia é clara e não passa necessariamente por criar postos de trabalho, até porque a procura, salarial e não só, está sendo comprimida: trata-se de usar o aumento do desemprego, o medo, para continuar alterar estruturalmente a correlação de forças nas relações laborais, assegurando a redistribuição de baixo para cima. A força de Borges é a força de quem manda em Bruxelas e em Frankfurt, a força do projecto europeu realmente existente e das suas estruturas. Um dos meus maiores receios, de resto cada vez mais fundado, é mesmo que consigam continuar a pôr esta casa numa ordem que é desordem para a maioria.
E o desemprego que não cessa de aumentar por aqui, graças à austeridade depressiva, sendo que na Zona Euro as médias também enganam muito? Responde Borges com todo o descaramento que o poder do dinheiro parece cada vez mais autorizar: problema rapidamente ultrapassável se “fosse mudado o ambiente dominado pela regulação e a ideia de que é preciso proteger o empregador do funcionário e o funcionário do empregador”. O ambiente tem mudado na linha de Borges e continuará a mudar sem quaisquer impactos positivos no emprego. A ideia é clara e não passa necessariamente por criar postos de trabalho, até porque a procura, salarial e não só, está sendo comprimida: trata-se de usar o aumento do desemprego, o medo, para continuar alterar estruturalmente a correlação de forças nas relações laborais, assegurando a redistribuição de baixo para cima. A força de Borges é a força de quem manda em Bruxelas e em Frankfurt, a força do projecto europeu realmente existente e das suas estruturas. Um dos meus maiores receios, de resto cada vez mais fundado, é mesmo que consigam continuar a pôr esta casa numa ordem que é desordem para a maioria.
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