quinta-feira, 13 de março de 2014

"Muitas vezes é um acto de boa gestão"

Alguns adversários da reestruturação da dívida deviam ouvir com mais atenção os seus principais gurus: os empresários. Francisco Pinto Balsemão disse o que é óbvio para qualquer empresário: "Reestruturar dívida muitas vezes é um ato de boa gestão". Numa economia de mercado todos os dias, credores e devedores, renegociam dívidas com vista à sua reestruturação, todos os dias. Não fosse assim, as economias não tinham metade da dimensão que têm. Até ao fechar da renegociação o credor diz sempre que não aceita reestruturar e o devedor que não vai conseguir pagar, no final encontram-se sempre algures no meio. Qualquer empresário dirá: primeiro, que prefere receber a maior parte do que tem a haver do que correr o risco de não receber nada; segundo, que prefere que o seu cliente continue a existir e a comprar-lhe do que desapareça.

É precisamente porque o credor dirá sempre que não que a iniciativa só poderá partir de nós, nunca ao contrário.

Quanto ao timming, quem acha que são os mercados que ditam as nossas vidas dirá que todos os timmings são maus, quem acha que a dívida é insustentável dirá que quanto mais tarde pior. A história e o FMI dão razão aos últimos.

10 comentários:

Anónimo disse...

Imagine por momentos este governo a negociar uma reestruturação da dívida...

R.B. NorTør disse...

Há aqui uma injustiça descabida no que concerne à posição deste governo relativamente a reestruturar dívidas.

Porquê? Então que foi aquele perdão fiscal que tanto se embandeirou em arco?

JoseFreitas disse...

Parece-me do mais elementar nom senso, algo de que o actual Governo parece inteiramente desprovido.

(na categoria "embirranços", timing tem um só m em inglês)

Anónimo disse...

Claro como água.
Todos os dias, aliás, em todos os tribunais do país se fazem restruturações de dividas (sob a forma de acordos de pagamento com prazos mais dilatados e menos juros e menos divida). Isto é o b á bá. !
Só um mentecapto como o P. Coelho e seus capangas(internos e da U.E) é que não conseguem ver isto.
No caso do P. Coelho creio, aliás, que a sua conhecida falta de palavra o deve ter obrigado a fazer vários acordos desse género quando era "gestor" de uma qualquer das empresas dos seus capangas/patrões nacionais.
Por isso, quando for a altura própria corram com o fulano nem que seja a pontapé.!!

Unknown disse...

Ao olhar para o painel do manifesto 70 alguem se lembrou muito a proposito para o julgamento do jovem que apos matar o pai e mae pedia clemencia ao juiz por ser um pobre orfão. Uma coisa os leitores podem conferir : apos 240 mil milhoes da UE eno estado em que estamos estes notaveis já mostraram que não sabem governar nem gerir com prudencia e bom governo.

Anónimo disse...

Confundir o como acto de gestã de restruturação de uma divida de uma empresa o com a gestão de um pais é uma parvoice. Há muita ignorância na opinião publica nacional....

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Confundir o como acto de gestã de restruturação de uma divida de uma empresa o com a gestão de um pais é uma parvoice. Há muita ignorância na opinião publica nacional....

14 de Março de 2014 às 09:16

... do mesmo calibre da parvoíce "as famílias têm que viver com o rendimento disponível e como tal os paises tb"

R.B. NorTør disse...

Caro António e caro anónimo, depreende-se portanto que os que lá estão actuam bem e ponderadamente?

Por acaso ate concordo que é muito diferente gerir um país e uma empresa, e se algo o prova é que Passos foi um "excelente" gestor adjunto de empresas, que Relvas gere magistralmente empresas e claramente não sabem gerir países. Ou se quisermos andar para trás, podemos ir buscar nomes como Dias Loureiro.

Postas as diferenças, por favor retire-nos da ignorância em que vivemos: como é que renegociar a dívida é mau? Aliás, como ate parece que devemos muito dinheiro alemão, como é que utilizar a base dos tratados de Londres poderia ser visto como algo negativo para nós?

Anónimo disse...

Mais uma reacção totalmente despropositada ao Manifesto dos 70.

“Reestruturar uma dívida significa pagar um preço em miséria”
http://blasfemias.net/2014/03/14/reestruturar-uma-divida-significa-pagar-um-preco-em-miseria/

José Medeiros disse...

ò anónimo, e já colocou um link daqui no blasfemias ? estamos a espera.