domingo, 30 de março de 2014
Da subserviência, da farsa e da mediocridade
«Reestruturação, essa é a palavra que Portugal não pode pronunciar. Porque quem diz reestruturação, em termos de mercados pensa-se logo em perdão da dívida, ou em corte da dívida, ou no "não pagamos". Ora, neste momento, Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu, todos os agentes internacionais... os principais credores, acham que Portugal está em condições, que a sua dívida é sustentável. E são os próprios portugueses que vão dizer que não vão pagar?» (José Manuel Durão Barroso, na entrevista à SIC/Expresso).
O Durão Barroso que invoca, tal como Cavaco, as garantias da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu sobre a sustentabilidade da dívida pública portuguesa (sem que trate de a demonstrar), é o mesmo Durão Barroso que, há 11 anos atrás, garantia ter visto em Londres (sem as exibir), as provas da existência de armas de destruição maciça que conduziriam à invasão do Iraque.
Sabe-se hoje que o Iraque não possuía armas de destruição maciça e que a sua invocação apenas visou legitimar a invasão do país e a deposição do regime de Saddam Hussein. Tal como se sabe, já hoje, que é apenas em nome dos seus próprios interesses que os credores se empenham em manter e prolongar, o mais possível, a falsa ilusão da sustentabilidade da dívida portuguesa. Que o façam, não surpreende. Mas que Durão desempenhe, uma vez mais (e mentindo descaradamente sobre os termos da proposta do Manifesto dos 74), o papel de capacho subserviente e sem escrúpulos, diz tudo sobre a criatura.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
10 comentários:
Muito bem feito este retrato deste mandarete dos mercados e dos credores , verdadeiro "capacho subserviente e sem escrúpulos"
De
A realpolitik, que que já deu ao mundo tão elevados exemplos como a aliança entre Estaline a Hitler, é hoje maltratada por uma esquerda decididamente lançada numa virginalpolitik que leva às lágrimas os mais cínicos!
A expressão dele na foto é tipicamente do vendedor da banha da cobra, que é de facto o que ele é. Um moço de fretes, como convém, para a “função” onde foi posto.
Quer lá ele saber da porcaria que ajudou a fazer no Iraque! E a propósito, será que já ameaçou também a Alemanha de sanções, por querer impedir a livre circulação de imigrantes europeus? Além de invertebrado, é um mentiroso a querer ludibriar o povo português.
Jose de facto vai longe no seu afã de mascarar os factos e na sua solidariedade com um invertebrado sem escrúpulos e acanalhado
Não é um cínico este jose.É uma coisa pior que não cabe aqui expressar.
A beataria em torno do Passos Coelho está reduzida a estas coisas assim. Extremamente revelador
De
Durão Barroso não passa de um traidor à pátria.
Ele e todos os outros que querem continuar a pilhar Portugal e a promover a destruição do nosso país.
Não precisamos desta gente que representa os interesses do grande capital em detrimento do povo.
Mas podem explicar qual a vantagem para nós, portugueses, de dar sinais de que não conseguimos pagar, quando ainda precisamos de pedir dinheiro emprestado para compensar os 5.5% ou 4% de défice? Qual é a ideia? Evitar que nos emprestem? Aumentar a taxa de juro? Mostrar que a austeridade não serviu de nada?
A demonstração de que a austeridade não serviu para nada, está na promessa do próprio governo de nos garantir austeridade até onde a vista alcança.
Portanto o que faz falta é assumir que não serviu, e tentar outra coisa.
Este MRPUMPUM de meia tigela, trauliteiro encartado devia era estar calado e guardar a viola no saco.
Já toda a gente sabe que a única coisa que lhe interessa é a sua barriga.
Não fosse isso e se lhe restasse um pingo de dignidade estaria hoje a fazer o mea culpa da sua colaboração num dos maiores crimes contra a humanidade já cometidos - a invasão do Iraque pelos EUA e seus capangas.
Com um comissário desta qualidade quem é que podia esperar alguma coisa de bom da UE ( se é que algo de bom dali alguma vez virá.).?
Mas Pedro, para que serviu a austeridade senão para gerar a necessidade de mais austeridade?
A questão que se põe não é justificar que a austeridade imposta foi necessária, mas antes se foi ajustada.
Vejamos o exemplo da rifa do Audi da factura. Será que compensou a austeridade "porque vivíamos acima das nossas possibilidades" para agora se andar a dar carros de luxo? E os custos do carro de luxo para o "feliz contemplado"? Não será uma forma encapotada de patrocionar e promover o "viver acima das possibilidades"?
E o grupo especialista para abordar o problema de natalidade em véspera de se diminuir os descontos em sede de IRS com despesas de educação e saúde? É nisso que vivemos acima das nossas possibilidades? População demasiado instruída e demasiado saudável?
e uma vergonha para quando abrimos os olhos e deixamos de ser maneatados por estas vendedores ambulantes,Quando votarem pensem no que estão a fazer pensem nos vossos filhos e netos
Enviar um comentário