A distância abissal que se regista nas presentes conjuntura e estrutura entre vitória intelectual, questão sobretudo de validade, e vitória política, questão sobretudo de poder, pode bem estar a levar alguns economistas keynesianos mais ou menos bastardos, perplexos com o enviesamento keynesiano da realidade, por um lado, e com o enviesamento neoliberal das escolhas de política económica, por outro, a valorizar a economia política, a explorar o poder das ideias e sobretudo o poder dos interesses colectivos que explicam o curso da política, no processo descobrindo que as questões de classe contam também aqui e que economistas como Michael Kalecki já o tinham percebido há muitas décadas atrás. Paul Krugman, como muito bem indica Vicenç Navarro, é talvez o mais proeminente exemplo desta evolução em tempos bem sombrios.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
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1 comentário:
Perdoem-me o "nazi grammar", mas é abissal e não abismal.
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