domingo, 26 de maio de 2013

Razões passadas e presentes


[A] Moeda Única não eliminará os défices comerciais que Portugal tem com todos os países comunitários. O que implicará é a perda de instrumentos para que Portugal possa reagir contra o agravamento desses défices. Identicamente foi renovada a promessa de fé do Governo numa Europa social. Mas mais uma vez foi escamoteado que nessa guerra financeira a nível mundial de que a Moeda única será um factor de agravamento, serão inevitavelmente utilizadas como armas a sacrificar, como já está a suceder, o actual sistema de segurança social, a precariedade e instabilidade do emprego, os níveis salariais, a flexibilidade dos horários de trabalho, a polivalência forçada dos trabalhadores e a compressão das despesas sociais e, consequentemente, novas e mais numerosas exclusões sociais. 

Octávio Teixeira na Assembleia da República, em 1997. Octávio Teixeira em artigo de Maio de 2013: sair do euro e desvalorizar, a opção.

5 comentários:

Anónimo disse...

Até parece que é bruxo.
http://resistir.info/europa/sair_do_euro_o_teixeira_mai13.html

Anónimo disse...

O que não eu acho é que estes cenários parecem ser demasiado abstractos e basearem-se em ideias feitas de manual de economia. moeda desvalorizada--> mais exportações--> prosperidade

Acho que problema é que o preço, sendo sempre importante, pode não ser determinante no sucesso de um produto exportável. Onde entra, na equação, a inovação, design, conhecimento, marketing?

Acham que os vinho do Porto é um grande produto de exportação porque é barato? Acham que a sua exportação explodiria se baixasse o preço? O mesmo para o calçado, e para vários outras exportações de sucesso.

E acham que a Alemanha tem o superavit que tem só porque foi o grande beneficiador do euro, pela contenção salarial da década, etc etc. Ou será porque quando queremos um eletrodoméstico ou um carro não temos outra solução senão comprar aos alemães?

Anónimo disse...

Atenção que o que digo não é com total convicção de certeza. É apenas um "parece-me".

Gostaria é que os senhores economistas quando propõem cenários de uma complexidade e impacto brutal como uma saída do euro, perdessem algum tempo a analisar o que é de facto a economia portuguesa: o que exportamos, quais os factores de sucesso dos líderes de exportação, o que é que permitiria aumentá-las, qual a importância do preço, etc, etc. Tentar que a solução que defendessem fosse o mais credível e lógica possível, de a+b, e não apenas uma crença.

Outra questão que não compreendo é que se o euro acabar e todos os países voltarem a ter o poder de desvalorização cambial, não teríamos uma situação em que os países andariam constantemente a "brincar" com as moedas para tentar ser os mais competitivos?

Aleixo disse...

Pois...incontornável!

1. A globalização imposta pelo capital...

2. O que representa a Esquerda :

Os princípios impostos pelos intelectuais iluminados...ou

A vontade do Povo!!!

? Quem defende a
SOBERANIA do POVO???!!!

Anónimo disse...

Creio que alguns dos ladrões de bicicletas, a começar no amigo J.Bateira, que defende uma saida "unilateral" do euro, deviam pensar um pouco sobre o conteudo dos comentários do anónimo das 10.57h e 11.04h.
E, já agora também sobre a "observação" do presidente do Eurogrupo: se a desvalorização fosse a solução para tudo, então o Zimbabwe era o país mais rico do mundo.