No podcast Lei da Paridade, agora alojado no Expresso, decidiu-se fazer entrevistas a mulheres com responsabilidades nos partidos, até às eleições. Adriana Cardoso informou, no Twitter: “Teremos representantes mulheres do BE, IL, PS, AD. Excluímos evidentemente desta conta partidos que não são feministas.”
Não sabia que PSD, CDS e PPM, que votaram contra a criação do SNS, contra a despenalização do aborto e a favor da redução dos direitos laborais das trabalhadoras, eram feministas. Não sabia que a misógina IL - Carla Castro que o diga - era feminista. Deve ser o feminismo das herdeiras com apelido Azevedo ou Amorim.
E, sobretudo, não sabia que um dos partidos que mais lutou pelas causas das mulheres, do SNS à despenalização do aborto, do movimento sindical igualitário à legislação laboral, podia ser excluído por não ser feminista. Estou a falar do PCP, claro.
2 comentários:
Este episódio jornalístico inscreve-se numa prática que tem a sua história.
Com efeito, a deturpação e a pura censura, das posições do PCP, são prática corrente na dita comunicação social, não sendo por isso surpresa.
Facto facilmente confirmado através de uma simples análise ao conteúdo publicado ( ou não publicado).
O que parece questão importante a problematizar é o silêncio das restantes forças políticas do campo democrático, nomeadamente BE e PS, sobre este atentado à Democracia, tendo em consideração que actos censórios desta dimensão afectam uma componente essencial a preservar que é a liberdade de expressão de ideologias democráticas.
A.Morais
Importa também questionar e esclarecer a quem serve a cortina de censura em torno das posições do PCP.
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