terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Sábado, dia 15: Debate por uma maioria plural de esquerda


No âmbito do apelo «Votos por uma maioria plural de esquerda», divulgado no passado dia 4, realiza-se no próximo sábado, 15 de janeiro, a partir das 21h00, uma videoconferência com Ana Costa, Ana Luísa Amaral, Isabel do Carmo, José Neves, José Reis e Pedro Estêvão. A sessão é moderada por Daniel Oliveira e conta ainda com testemunhos de Manuel Carvalho da Silva, Maria da Paz Campos Lima, Pilar del Rio e Ulisses Garrido. O acesso à videoconferência é livre, sendo necessária inscrição prévia (aqui).

2 comentários:

Anónimo disse...

Com eleições legislativas à vista, vale a pena analisar os resultados das sondagens mais recentes que a TVI, a SIC e a RTP1 promoveram e divulgaram. Consideremos então a média destas três sondagens:

1. O partido com mais intenções de voto é o PS, com uma percentagem de 37.7 % que é ultrapassada ligeiramente pelos 38.3 % da Direita-sem-Chega (PSD + IL + CDS) e não alimenta o sonho de uma "maioria absoluta" para o PS [Note-se que o PSD, em segundo lugar, alcança
31.6 %.}.

2. Os partidos à esquerda do PS conseguem apenas cerca de 12 % das intenções de voto, com 6.0 % para a CDU (PCP/PEV), 5.3 % para o BE e menos de 1% para o Livre; mesmo assim, bem mais do que o Chega, que chega apenas a 6.3 %.

3. O PAN - que pretende entrar no Governo, seja ele liderado pelo PS ou pelo PSD - não vai além de 2.3 %.

4. A Esquerda-no-sentido-lato (PS + PCP/PEV + BE + Livre), com cerca de 50 %, ultrapassa a Direita-no-sentido-lato (PSD + IL + CDS + Chega) com vantagem confortável [Mesmo com o Chega, a Direita só chega aos 44.6 %.].

Estes resultados sugerem que a Esquerda-no-sentido-lato continuará a ter uma maioria de deputados na Assembleia da República, e que - tal como nas legislativas de 2019 mas não nas de 2015 - o PS será o partido com mais deputados eleitos. Contudo, é inegável o seguinte, atendendo à distribuição das actuais intenções de voto e aos resultados dessas legislativas:

a) É de esperar que a Esquerda-no-sentido-lato recue dos 53.2 % de 2019 para cerca de 50 % dos votos, com o conjunto dos partidos à esquerda do PS a baixar de 16.9 % para cerca de 12 %.

b) É de esperar que a Direita-no-sentido-lato avance dos 34.6 % de 2019 para 44.6 % dos votos, com o Chega a subir de 1.3 % para 6.3 %.

A grande subida da Direita-no-sentido-lato - DEZ pontos percentuais, dos quais metade corresponde a uma grande subida do Chega - está associada não só à descida moderada da Esquerda-no-sentido-lato (e à do PAN), mas também a uma grande descida dos votos brancos, nulos e atribuídos a partidos que não conseguem obter representação parlamentar (foram cerca de 9 % em 2019, após quatro anos de "geringonça"). Esta grande subida da Direita pode representar uma enorme ameaça a médio e a longo prazo, nomeadamente se o Governo que resultar das próximas legislativas não estiver à altura das circunstâncias.

A. Correia

Tavisto disse...

Se nos falta inspiração, olhe-se para Espanha. Inspiraram-se no nosso exemplo para construir uma geringonça de esquerda. Se houver nova oportunidade, aprofundemos o diálogo e saibamos ir além de acordos de circunstância.