Este trabalho do Economic Policy Institute, um dos poucos «think-tanks» progressistas na área da economia nos EUA e que foi responsável por este extraordinário abaixo-assinado em defesa do salário mínimo decente, mostra bem como as desigualdades atingiram níveis sem precedentes. Entre 2003 e 2005, as desigualdades de rendimentos aumentaram como nunca desde 1979: «400 mil milhões de dólares, antes de impostos, mudaram dos 95% das famílias mais pobres para os 5% das famílias mais ricas». Isto representou a acentuação de uma tendência forte iniciada com a revolução conservadora do final dos setenta e que hoje é denunciada até por economistas convencionais como Paul Krugman.
No entanto, quebrar esta tendência exige atacar o consenso neoliberal. Poucos economistas estão em melhor condições do que Robert Pollin para propor uma política económica igualitária capaz de superar a letal combinação de «keynesianismo militar» e de políticas centradas no corte dos impostos para os mais ricos. Uma política económica alternativa centrada em «imperativos morais» como a criação empregos decentes, cuidados de saúde para todos, educação e ambiente. Uma política económica financiada pela anulação dos cortes de impostos de Bush e pelo fim da aventura imperialista no Iraque (138 mil milhões gastos só em 2007).
Nota: para uma elaboração das ideias de Pollin, este artigo sobre a possibilidade do pleno emprego na época da globalização é um bom ponto de partida, assim como este excelente livro:
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