Ficámos a saber esta semana que “a pandemia fez com que Portugal subisse de 13.º para 8.º na lista de países europeus com maior risco de pobreza ou exclusão social”. Só “o primeiro ano da pandemia criou 230 mil novos pobres.”
Em artigo na última revista Manifesto, Paulo Coimbra fez as contas, baseando-se no FMI, e concluiu: no que a Portugal diz respeito, a despesa pública discricionária e adicional de resposta à crise cifrou-se nos 5,6% do PIB de 2020, ou seja, uma despesa que representa pouco mais de metade da média mundial (9,7%) e um terço daquela realizada pelas economias avançadas (17,7%), em que nos integramos, tendo ficado o nosso país, neste capítulo, mais próximo dos países pobres, ou das economias emergentes.
Quer isto dizer que a notícia teria sido mais rigorosa assim: a ausência de uma política económica adequada de resposta à pandemia fez com que Portugal subisse de 13.º para 8.º na lista de países europeus com maior risco de pobreza ou exclusão social.
São os custos sociais da economia convencional inscrita nas regras e nas cabeças deste Governo.
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