quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Questiona-se...

A divida deve ser paga “a todo o custo”? O que é a usura no nosso tempo? Há limites às prerrogativas dos credores? Há limites às obrigações dos devedores? O que dizem as doutrinas? Quais são as práticas?

Estas são algumas das questões de partida para o debate «Questionar a dívida e a sua legitimidade», organizado pela Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida (IAC), que terá lugar hoje, 6 de Dezembro, a partir das 18.00h, na Biblioteca Museu República e Resistência (Espaço Cidade Universitária, Rua Alberto Sousa, 10A, Zona B do Rego), em Lisboa.

O debate contará com a participação dos oradores Filipe Reis (Antropólogo, ISCTE-IUL, CRIA-IUL), Sheik Munir (Imã da Mesquita Central de Lisboa), Dulce Cabete (Socióloga, representante da Igreja Evangélica Presbiterana de Lisboa) e Valentim Gonçalves (sacerdote católico), cabendo a moderação a Isabel Castro (da Comissão de Auditoria IAC).

«A questão da legitimidade ou da ilegitimidade da dívida pública, ou de parte dela, ocupa uma posição destacada no debate público e na atividade dos processos de Auditoria Cidadã à Dívida Pública em todo o mundo. O debate acerca deste problema é muito antigo. O crédito, o juro e a usura desde sempre foram questionados do ponto de vista moral, a partir dos pontos de vistas diversos de doutrinas religiosas, jurídicas e filosóficas. Para a Auditoria é relevante tomar conhecimento, pôr em diálogo estas diversas doutrinas e aprender com elas.»

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom, o código de leis mais antigo que se conhece é o de Hammurabi publicado na Babilónia há uns 37 Séculos.

Que se saiba este código nunca foi revogado e, no código 117 é muito claro na forma como se devem tratar os devedores faltosos:

"If a man be in debt and is unable to pay his creditors, he shall sell his wife, son, or daughter, or bind them over to service. For three years they shall work in the houses of their purchaser or master; in the fourth year they shall be given their freedom."

Assim a forma de actuação da Troika encontra-se perfeitamente justificada, temos de estar uns três anos a trabalhar para os outros.