sábado, 19 de dezembro de 2009

A política da empresa

“Os comunistas confrontaram o governo com uma queixa dos trabalhadores da CP sobre um negócio de 50 toneladas de ferro.” A sucata dos Godinhos desta vida continua a ser revelada. Vale a pena ler a notícia do i. Permite-me destacar uma questão que muitos teimam em ocultar: como é importante existirem contra-poderes fortes no espaço laboral, mecanismos não-mercantis de "voz" que mobilizam o conhecimento das especificas circunstâncias de um tempo e de um lugar, para usar e subverter uma fórmula de F. Hayek, detido pelos trabalhadores e suas organizações. Outros tantos freios potenciais à corrupção. Mecanismos que podem e devem articular-se com os mercados ou quase-mercados. A informação e o conhecimento podem e devem ter várias fontes. É por estas e por muitas outras que a democracia não pode ficar à porta dos locais de trabalho, sejam públicos, privados ou qualquer coisa no meio.

2 comentários:

melga disse...

das empresas do estado. corrupção nas empresas do estado. pessoas que trabalham para o estado , que recebem do contribuinte , roubam-no , porque o dinheiro cai do ceu dos impostos , logo não é de ninguém. não se vê o que custou a ganhar . e não há patrão vigilante.
público é lindo em teoria. é. pena ser posto em prática por homens. e criar desigualdades enormes entre quem manda no público e quem vê passar comboios.

Anónimo disse...

É impressionante como o BE tem trabalhado para que esses "contra-poderes fortes no espaço laboral, mecanismos não-mercantis de "voz" que mobilizam o conhecimento das especificas circunstâncias de um tempo e de um lugar" desapareçam aos poucos, através da promoção de vendidos como o Chora e outros que agora "representam" os trabalhadores, mas que ao mesmo tempo vão fazendo pela sua vidinha política em jantares de desagravo a ministros.

JPD