quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Aprender com um debate
Interessante debate que corre, há já algum tempo, na blogosfera sobre a “classe média” e o trabalho doméstico. Destaque para Luís Aguiar-Conraria, a propósito dos enviesamentos cognitivos, com óbvias implicações políticas, que se multiplicam num país desigual e em que a única classe que tem reconhecimento público é uma misteriosa, mas ideologicamente tão conveniente, média – “A elite do país chama-se classe média” – e para Pedro Magalhães (via LA-C, onde podem encontrar algumas das ligações mais relevantes para um debate onde tem participado muita gente), a propósito, entre outras coisas, de um dado que eu já há algum tempo tinha curiosidade em conhecer, mas que nunca me tinha dado ao trabalho de procurar: estima-se, o International Social Survey Program estima, que, em Portugal, 8,4% das famílias recorra a terceiros para a limpeza da casa (trabalho pago e não-pago). Alguém conhece mais dados sobre este assunto?
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2 comentários:
Uma cunhada minha com uns 12 anos de professora do ensino secundário, quadro de zona, tem estado a ganhar 1300 euros.
A FCT ainda há pouco tempo dava 750 euros aos bolseiros licenciados com 5 anos de curso, enquanto faziam o mestrado.
Pois essa gente que opina nos blogues e nos jornais acha que quem ganha 1300euros é de classe baixa, ou seja o estado mantém alguns dos cidadãos com mais habilitações do país ao nível do miserável.
Ou seja, ou os opinadores não sabem nada do mundo em que vivem ou o Estado tem uma noção muito estranho sobre premiar o mérito (e quem estava a tirar um mestrado pré-Bolonha tinha algum, mais do que a média que nos gere e governa)
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