A verdade é que a retirada das carteiras de imobiliário da banca seria uma medida positiva... toda ela. É uma inutilidade económica e um potencial dano social hoje a banca andar a gerir esse parque imobiliário, esses penhores financeiros.
A proposta não diz respeito ao parque imobiliário detido pela banca, mas sim aos créditos concedidos por esta para a compra de casa. A ideia é titularizar estes créditos para depois os vender em mercado e aumentar assim a liquidez da banca.
Um processo desenvolvido nos EUA e a que são atríbuidas responsabilidades no desencadear da crise financeira.
O mistério, para mim, é quem é que vai comprar créditos nacionais com baixas taxas de juro, mesmo que garantidos pelo Estado como parece ser o projecto da Associação de Bancos.
pois bem:formalmente o parque imobiliário não é dos bancos, que de facto só detêm os activos de crédito. Mas com o aumento do incumprimento a separação entre intangivel (activo financeiro) e tangivel (imóvel) torna-se de facto mais difusa...
É preciso constatar o facto que o peso que o crédito imobilário tem nos balanços dos bancos portugueses é uma distorção económica e financeira sem parelo...
Ainda, o facto de a maioria dos créditos estarem indexados a taxas variáveis é uma inovação financeira aplicada ao mercado nacional com consequências ao nível da precarização da gestão dos orçamentos familiares ao longo dos últimos anos...
Mas de facto: a mera titularização financeira (a la americana) não melhora à partida as coisas. Porém não há por essa Europa fora, exemplos de instituições financeiras especializadas na concessão de crédito imobiliário?
De resto, os bancos já se andam a desfazer das carteiras, nomeadamente para convergir com aqueles famigerados 120% da troika. C. Costa só tira da cartola os coelhos.. que já estão fora da cartola!
Quanto ao comprador e à liquidez (só compra.. quem está líquido..), isn't there allways a buyer of last resort?
3 comentários:
A verdade é que a retirada das carteiras de imobiliário da banca seria uma medida positiva... toda ela. É uma inutilidade económica e um potencial dano social hoje a banca andar a gerir esse parque imobiliário, esses penhores financeiros.
...
Caro josé,
A proposta não diz respeito ao parque imobiliário detido pela banca, mas sim aos créditos concedidos por esta para a compra de casa. A ideia é titularizar estes créditos para depois os vender em mercado e aumentar assim a liquidez da banca.
Um processo desenvolvido nos EUA e a que são atríbuidas responsabilidades no desencadear da crise financeira.
O mistério, para mim, é quem é que vai comprar créditos nacionais com baixas taxas de juro, mesmo que garantidos pelo Estado como parece ser o projecto da Associação de Bancos.
Caro Nuno,
pois bem:formalmente o parque imobiliário não é dos bancos, que de facto só detêm os activos de crédito. Mas com o aumento do incumprimento a separação entre intangivel (activo financeiro) e tangivel (imóvel) torna-se de facto mais difusa...
É preciso constatar o facto que o peso que o crédito imobilário tem nos balanços dos bancos portugueses é uma distorção económica e financeira sem parelo...
Ainda, o facto de a maioria dos créditos estarem indexados a taxas variáveis é uma inovação financeira aplicada ao mercado nacional com consequências ao nível da precarização da gestão dos orçamentos familiares ao longo dos últimos anos...
Mas de facto: a mera titularização financeira (a la americana) não melhora à partida as coisas. Porém não há por essa Europa fora, exemplos de instituições financeiras especializadas na concessão de crédito imobiliário?
De resto, os bancos já se andam a desfazer das carteiras, nomeadamente para convergir com aqueles famigerados 120% da troika. C. Costa só tira da cartola os coelhos.. que já estão fora da cartola!
Quanto ao comprador e à liquidez (só compra.. quem está líquido..), isn't there allways a buyer of last resort?
Enviar um comentário