terça-feira, 10 de julho de 2012
O valor da moeda não interessa?
A boa notícia do dia é o crescimento de 8,5% das exportações em Maio face ao mesmo mês do ano passado. As exportações para o espaço comunitário (onde estão os países da zona euro e uns quantos outros) cresceram 0,9%, enquanto as exportações para fora deste espaço cresceram 31,4%. A desvalorização de 13,5% do euro face ao dólar ao longo do último ano não tem nada que ver...
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8 comentários:
Deve ter sido devido à desvalorização interna, essa teoria tão importante que nem sequer é mencionada nos principais livros de economia.
E as importações? O consumo da população não diminuí devido ao maior preço dos produtos importados?
Um dos objectivos da desvalorização cambial é exactamente esse. Promover a transferência de bens importados para bens produzidos nacionalmente, sempre que possível, contribuindo assim para a criação de emprego dentro do país e não fora (que é o que acontece quando se importa).
O sistema de minidesvalorizações e incentivos
às exportações —1964-74
A principal característica desse período é a mudança gradual do eixo central da
política de comércio exterior, da substituição das importações para a promoção das
exportações. Ao longo de todo esse período, o Govemo adotou várias medidas para
liberalização das importações e para incentivos às exportações.
A unificação final da taxa de câmbio ocorreu em 1964, com o fim dos depósitos
compulsórios. Uma mudança mais importante na política de taxa de câmbio oconeu
em 1968, com a introdução do sistema de minidesvalorizações cambiais. Entre 1957 e
1968, o Govemo costumava corrigir a taxa de câmbio nominal pelo índice de preços
intemos somente depois de um longo atraso. Esse procedimento tinha o inconveniente
de criar variações substanciais na taxa de câmbio real, visto que a sobrevalorização da
moeda nacional era, então, totalmente corrigida de uma só vez.
Em 1968, o Govemo criou um sistema de minidesvalorizações, no qual pequenas
desvalorizações da taxa de câmbio nominal ocorriam em curtos intervalos de tempo
O último anónimo está a ver empregos a nascerem como cogumelos em virtude desta desvalorização cambial.
portanto pode tambem ser util comparar o quanto se importou em energia e produtos petroliferos antes e depois desde "boom" exportador para saber se ele sozinho vai conseguir manter a balanca comercial positiva por muito mais tempo.
Caro Nuno
Há bastantes dirigentes na "Esquerda Europeia", ferozmente anti-saída do Euro, a quem pode dar umas liçõezitas de fundamentos de política económica...
Aqueles fundamentos, note-se, que antes se aprendiam em quaisquer Económicas (e que, bem vistas as coisas, até nem têm nada de muito especial-de-corrida ou "heterodoxo"), mas entretanto foram deliberadamente atirados para o lado e "apagados" da memória e do pensamento na grande campanha de estupidificação que tem perpassado as sucessivas revisões dos planos curriculares nas faculdades e institutos superiores de economia.
Só mesmo "ultra-morons", como os que hoje essas faculdades produzem qual salsicharia de refugo, é que podem ter dificuldade em compreender a validade do seu argumento.
Ah, e já agora, sublinhe-se também o óbvio sentido social da "coisa": é comparar os efeitos sociais duma desvalorização cambial ao que sucede no caso da correspondente "desvalorização interna"...
Mas vá-se lá explicar tudo isso ao pessoal da "Esquerda Europeia"...
Na mouche. Contudo o ponto de vista do 5Silva também é muito importante...
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