A governação do PS, sob Sócrates, tem vários problemas que eu sintetizaria em três fundamentais (deixo os pontos fortes, que naturalmente também tem, para uma outra série de postas).
Primeiro, nos esforços pedidos aos portugueses para a promoção do equilíbrio das finanças públicas e da sustentabilidade do Estado Social, que eram sem dúvida necessários e urgentes e onde o governo tem, do meu ponto de vista, marcado pontos positivos (!), tem também havido um desequilíbrio favorável ao capital em detrimento dos assalariados. A este respeito, veja-se o capítulo “O Partido Socialista: das primárias ao governo “ (pp. 123-163), especialmente a secção “Do reformismo à resignação? Uma análise de (quase) dois anos de governo do PS” (pp. 139-157), do meu livro Crónicas Políticas Heterodoxas, Lisboa, Sextante, 2007. O que se passou na Segurança Social é um exemplo disto (ver a terceira posta desta série). E ver ainda aqui.
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