segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Combater o ódio


O editorial de puro ódio anticomunista, da autoria do Director do Público, Manuel Carvalho, reflete a linha editorial de sempre do “perdócio” da Sonae, para usar a expressão de Belmiro de Azevedo. Não faço ligações a discursos de ódio por uma questão de higiene.

Apesar do punhado de excelentes jornalistas que ainda lá trabalham, a decadência editorial acelerou-se brutalmente com Carvalho. José Manuel Fernandes era de um anticomunismo intelectualmente superior, por exemplo. O marxismo mais simples e clássico explica esta comunicação social: as ideias dominantes são as de quem mesmo?

No meio da maior transferência de rendimentos do trabalho para o capital do milénio, Carvalho falha do “velho mundo da luta de classes”, já ultrapassado, e da falta de um “protagonista de uma ideia para o mundo digital”.

Os poucos trabalhadores do digital vivem no mundo das classes e das suas lutas. Carvalho que visite a redação do Público e compare o seu vencimento relativamente chorudo com o dos precários que criam tudo o que tem valor no jornal digital.

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