«Em contracorrente ao longo das últimas décadas, socialistas com diferentes percursos, e muitos cidadãos sem partido, foram desenvolvendo um quadro conceptual que não só permite entender o que está em causa nesta crise mas também desenhar os contornos de uma alternativa ao neoliberalismo que a gerou» (Jorge Bateira).
«A acção colectiva no interior da empresa, e as relações com exterior, não podem ser e não são nunca, meramente contratuais. Os próprios contratos dependem, como se sabe, de alguma coisa não contratual a que habitualmente chamamos confiança» (José Maria Castro Caldas).
«Nos dias que correm, a crise económica internacional põe a nu as fragilidades da arquitectura de gestão macroeconómica saída de Maastricht. Como é sabido, esta arquitectura institucional caracteriza-se, por um lado, por uma forte diminuição dos graus de liberdade dos estados na condução de políticas económicas nacionais e, por outro lado, pela escassez de mecanismos de gestão económica ao nível supranacional que compensem a diminuição do espaço de manobra dos governos nacionais» (Ricardo Paes Mamede).
«O que mais importa é saber que o ponto das desigualdades espaciais e o do contributo dos territórios para o desenvolvimento não podem sair da agenda política. De uma agenda política de esquerda, dado que é por aí que passa um desenvolvimento inclusivo, capaz de conjugar as pessoas, os recursos e os vários contextos de vida com a modernidade, a inovação e, portanto, com a coesão territorial» (José Reis).
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6 comentários:
Caros,
"desenhar os contornos de uma alternativa ao neoliberalismo" VAMOS A ISSO porque agora já não há 'regresso ao passado' nem temos recursos para insistir/repetir os erros alarves do neoliberalismo!!!
A Revolução já está em marcha, sabemos por onde caminhamos e sabemos para onde garantidamente não queremos ir - só podemos chegar ao sítio certo!!!
A Revolução já está em marcha, somos muitos, estamos conscientes e o ânimo está em alta!!!
Acabou o regabofe neoliberal e 'eles' sabem disso; não somos nós que temos que os ouvir a denegarem a realidade!
Temos muito trabalho para fazer e não podemos perder tempo em teorias: Os sindicatos têm que ganhar força e sair do controlo da esfera política; temos que ajudar a minorar o impacto do desemprego (este não é inevitável); temos que FAZER mais do que DIZER COMO SE FAZ! 'Eles' SÓ têm o poder do Capital, NÓS é que temos o verdadeiro PODER que reside nas Pessoas e na capacidade de transcendência das suas capacidades de trabalho e de concretização.
O Poder não está no Capital! Essa foi a ilusão que nos andaram a vender nos últimos 30 anos e nós, os Homens e Mulheres de Esquerda nunca comprámos essa treta e AGORA resta-nos AGIR porque as Pessoas estão receptivas ao desenvolvimento sustentável, querem participar e não têm medo do futuro!!!
O Poder NUNCA esteve no capital! Não é agora que vamos ceder só porque ELES CONTROLAM O CAPITAL!
'Eles" já não são ouvidos, nem têm soluções para as encrencas que 'eles' criaram!
A Revolução já está em marcha! Temos A Oportunidade que esperámos durante os últimos 30 anos e não podemos perde-la AGORA !!!
Abraço,
Miguel
A Revolução está em marcha!!! mas desta vez Ela far-se-à através do VOTO!! com cravos já tivémos uma! agora é a vez do voto DAR O PODER AO POVO, não???
Façamos deste 1º Maio um Dia do Trabalhador como foi em 1974 (alguém se lembra???)
Maria,
Nada será como antes e nada se fará como antes! Não precisamos de fórmulas antigas nem de práticas gastas. A Democracia e os Votos são uma das armas desta Revolução! Outras como o pluralismo e o debate Livre de TODAS as ideias, ajudarão a encontrar os caminhos do sucesso desta Revolução que já está em marcha.
As Pessoas ou o Povo, como dizes, SÃO o Poder! É neles que reside o poder de transformar o Mundo e é com eles que a Revolução abrirá novos horizontes!
Esta Revolução não é feita com floreados nem com flores, mas com a Realidade e com Ideias, pelas Ideias Novas que se avizinham e se descobrem no horizonte.
A Revolução já está em marcha!
Abraço Solidário,
Miguel
PS: tinha 6 anos quando foi o 1º de Maio de 1974 - lembro-me, apesar de tudo, de estar no meio da multidão que marchou e esteve no estádio 1º de Maio, em Lisboa.
Miguel,
Parece que alguns acreditam no recuo e andam a culpar o excesso de regulação financeira (!!) pela crise: http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/03/regulacao-financeira-agora-o-argumento.html
Miguel,
estamos de acordo!! mas não nos podemos ficar pelos debates, debates, debates ... há que mostrar que queremos realmente pôr a Revolução em Marcha!!!
continuo a pensar que a Revolução se faz na Rua, com novas ideias de intervenção e acção!!
até pode ser com flores, musica e outras formas de arte, mas é na Rua que mostramos a nossa força e vontade de mudar, transformar o Mundo!!
abraço fraternal
maria povo (continuo a adorar esta palavra, Povo...)
p.s em plena adolescência e já frequentando o liceu, foi aquele 1º de Maio a Alegria e o Acreditar que podiamos transformar o Mundo!!! ... e pudemos, por pouco tempo, mas pudemos!!!
Carlos,
Os que encontram no excesso de regulação financeira, as causas da "crise", são os mesmos que andam de mão estendida a pedir financiamento aos contribuintes! Na boa!!!... mas para virem comer do "nosso" prato, no mínimo têm que lavar as mãos...e tomar um banho, previamente, de boas maneiras Sociais!
... andaram a dizer que o altruísmo não levava o mundo a lado nenhum e AGORA querem "ajuda" de graça?!?!? Vão tomar um banhinho, previamente, de boas maneiras Sociais e depois ...apareçam mais limpinhos e bem cheirosos!!!
Os que encontram no excesso de regulação financeira, as causas da "crise", ainda não perceberam que montaram um sistema autofagico e que se entregue a eles mesmos, acaba por não ser útil nem a eles próprios - mas esse é um problema que institucional e oficialmente foi assumido por "Eles" quando da ida do senhor Alan Greenspam ao Congresso Americano.
Eu diria que nomear de "crise" ao que se passa na actualidade, é o que 'eles' fazem... como tenho mais facilidade em pensar e fundamentar que estamos a VIVER a queda de um paradigma político, económico e social e que assistiremos, ainda no nosso tempo de vida (nos próximos 10, 20 anos) ao nascimento e desenvolvimento de um NOVO paradigma político, económico e social, suportado sobretudo por uma nova consciência Ambiental...não me sinto muito confortável com o termo "crise" - mas aceito que a vida académica, não deve ser muito fácil quando se tem que sobreviver no meio de muita arteriosclerose e conviver pacificamente com a brigada do reumático intelectual que ainda não se reformou!
'Eles' já perceberam que "deitaram fora o bebé com a água do banho" e que agora têm que fazer outro, ou alguém tem que fazer outro 'bebé' !!!...mal comparado....sorry !
Estamos vigilantes e cheios de ânimo, não vamos recuar nem os vamos deixar recuar, porque a Revolução já está em marcha!
Abraço,
Miguel
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