quinta-feira, 20 de outubro de 2022
Governos turvos
Quando as equipes ministeriais - como a da actual primeira-ministra britânica - são compostas por membros de associações, grupos, thinks-tanks, de pessoas que pensam de uma dada forma: tudo em nome dos mercados, nada contra os mercados. O resultado - depois de Passos Coelho - está à vista.
P.S. - E esta falta de transparência na formação de executivos parece aumentar a sua instabilidade. A PM britânica acaba de demitir-se.
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2 comentários:
Caro João,
Já teve oportunidade de ler o texto do Thomas Fazi sobre o assunto?
https://unherd.com/thepost/the-left-has-just-ushered-in-an-age-of-austerity/
A questão que este levanta é pertinente: o governo inglês, ao propor um pacote de ajudas deste montante, emitindo para isso dívida, não está de alguma maneira a romper com os ditames neoliberais das "contas certas" e da restrição orçamental?
E, por outro lado, ver a esquerda a apelar à queda deste governo porque os mercados "reagiram negativamente" não é de alguma maneira dar o ouro ao bandido? Se nos recordarmos da crise das dívidas (que não eram) soberanas, não foi também isto que aconteceu? Ou seja, os mercados e os credores a definirem as políticas seguidas por estados soberanos?
O Fazi conclui que enveredar por este caminho não deixa mais espaço que não seja o da inevitável austeridade...
«tudo em nome dos mercados, nada contra os mercados»
E os mercados é que a mandaram para casa....
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