O CDS propõe o alargamento até Setembro do lay-off simplificado. Recorde-se que a medida corta os salários de 800 mil trabalhadores em 33%, enquanto põe o Estado a pagar 84% das despesas salariais em mais de 100 mil empresas, das quais metade das grandes empresas.
Nada mau para quem não quer a intervenção do Estado nas empresas.
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8 comentários:
O princípio é privatizar lucros e nacionalizar prejuízos.
Perfeitamente em linha com o mainstream económico, embora os cdesses não sejam mais que aprendizes de feiticeiro.
A demagogia sobre o 'Socialismo' que impera para os lados do Caldas tem a sua imagem no espelho naquela que por vezes brota destas páginas. Só caricaturas de Liberais (nem Cotrim de Figueiredo é assim tão tapado) é que considerariam Socialismo que o Estado não interviesse para segurar um sem número de empresas que, a falirem, lançariam milhares de pessoas no desemprego, a quem seria necessário que o Estado pagasse o respectivo subsídio durante provavelmente muito mais tempo do que o presente período. Trata-se do menor dos males, muito simplesmente.
Socialismo, João Ramos de Almeida, é outra coisa. É a nacionalização da grande indústria e da banca, isto se falarmos da vertente democrática desse Socialismo. Que foi aquilo que existia no Reino Unido e faliu e depois veio Thatcher e foi o que se viu... E nem a experiência falhada além Mancha, nem a correspondente trapalhada em Portugal nos idos de 1975 convenceu Mitterrand que isso era uma má ideia. E aplicou-a e acabou a pedir ajuda ao FMI, como Portugal e a Grâ-Bretanha antes dele.
E nem vale a pena falar da falência total da URSS, parece-me.
E é isto o nível do debate entre nós, reduzido a quem é capaz da melhor soundbyte.
Júlio Castro Caldas não tem razão. Às vezes o Marxismo de tendência Groucho justifica-se plenamente. Quando os princípios chocam com a dura realidade, se calhar é mesmo melhor mudar de princípios ou vá lá, pelo menos adaptá-los...
É que pior que esse Marxismo, é o de tendência Chico: 'who are you going to believe, me or your eyes?'
O princípio é internalizar receitas e externalizar custos. Externalizar para os outros através do Estado é apenas uma das variadas possíveis formas um tanto ou quanto visível.
Há solução alternativa:
- O trabalhador é pago pelo trabalho que presta.
- Não havendo trabalho, vai para casa ou para onde bem entender, liberalmente, e obviamente não é pago porque não trabalha e nem é indemnizado, que ninguém lhe prometeu coisa alguma para que fique em dívida.
Não sendo assim, terão que ser encontrados alguns equilibrios, o que por definição de balança tem dois pratos.
Ocorre no entanto que o prato da esquerdalhada sempre requer doses substanciais de vitimização. Sejam servidos!
Pobre JS
Fala-se no CDS e da sua coluna vertebral. Em 4 linhas
Como resposta temos direito a uma intervenção de Jaime Santos em 16 linhas...
em que ele se volta para o "outro lado" numa manifesta evidência do que o move e preocupa
( e até com um piscar de olhos abençoador a Cotrim, assim a modos que a uma tendência Chico)
É isto o nível de debate de JS, reduzido a este soundbyte monótono, tão previsível e tão desencorajador das esperanças que JS saia do seu enquistamento ideológico e da sua propaganda um pouco néscia
Passará por aqui algum sentimento de culpa do próprio JS por se ter transformado naquilo que é, disfarçado atrás de citações, por vezes um pouco gratuitas, de quem sobe para um palanque?
O Jose a servir um prato.
Daquela forma grotesca a que já nos habituou quando se toca nos seus mamarrachos de estimação
Admire-se a postura de "boçal" patrão do século XIX,rasurando tudo o que se passou entretanto nas relações laborais
Não se adivinha a sua pretensão de colocar em causa as férias pagas ou os descansos laborais?
Percebe-se o seu amor por tempos tenebrosos em que era dado a um determinado tipo de patronato todas as condições para explorarem, sem qualquer pejo e entraves
Percebe-se também o clarão de esperança que lhe renasceu com a vinda de Passos Coelho e a sua sinistra trupe. "Enfim, quase de volta" terá cogitado.
"Esquece-se" de várias coisas,como sempre.
É que ainda não voltámos aos tempos da barbárie, em que o Estado podia lavar simplesmente as suas mãos das condições de vida dos seus cidadãos
Isto bem queria o José
É altura de começarmos a fazer outras perguntas. De forma directa:
Uma foi já colocada no post pelo JRA:
Porque motivo são beneficiadas desta forma, pelo Estado, as grandes empresas?
Os dividendos chorudos que recebem permite cotejá-las com as centenas de milhares de trabalhadores arrastados para situações tão precárias?
E se quem trabalha, é quem produz, porque motivo temos todos que suportar uma classe parasitária que vive assim desta forma?
Um dos últimos exemplos: "a remuneração dos gestores do Novo Banco disparou 75% com Lone Star"
O que é preciso fazer para deter esta vampiragem e estas absurdas e terríficas relações de produção?
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