«Em 1940 - e quanto mais perto de nós mais a realidade é complicada - o que é que Pétain disse aos franceses? Aceitem a realidade. E a realidade é a ocupação alemã. E quais são os interesses da França? Colaborar com o ocupante, ser bom aluno da nova ordem europeia, fazer o trabalho sujo dos alemães, perseguir os judeus, executar os resistentes, combater no fim ao lado das SS. Era esse o trabalho de casa. Mas havia em França uns irrealistas criminosos, um radical esquerdista chamado De Gaulle, que foi para Londres apelar à revolta contra a realidade. Franceses tão radicais como ele, como Jean Moulin, e franceses na altura um pouco menos radicais do que ele, como os comunistas depois do fim do pacto germano-soviético, começaram a trabalhar contra a realidade. E depois foi o que se viu. Lá se foi a realidade dos nossos neo-filósofos - a tal da [puta] da realidade - de que não há alternativa.
Amigos, companheiros e camaradas, eu gosto do meu país. E do meu povo. Da minha língua. Das nossas palavras e dos meus que as falam. Falam assim ou achim. Digam vaca ou baca. Digam feijão verde ou vagens. Portugal é, e devia ser, o único sítio onde o meu voto manda. Mas alguém anda a encolher o meu voto. E o meu voto manda cada vez menos. Não gosto, não aceito e protesto. O voto é a arma do povo.
Como os revolucionários americanos, também no meu país há 'taxation without representation'. Também no meu país, a realidade é feita de teias de mentiras, uma prisão invisível para o pensamento e a acção. E também no meu país há colaboração, 'diktats', obediência e submissão. É por isso que o destino dos gregos não me é indiferente, bem pelo contrário. (...) Podem falhar mas resistiram. O que eu sei é que há um país em que muita gente, muita gente, está disposta a comer terra sendo senhores de si próprios, em vez de comer terra para reciclar a dívida de bancos alemães e franceses. Podem falhar mas resistiram.»
Excertos da intervenção de José Pacheco Pereira, a ver na íntegra, na sessão pública «A crise europeia à luz da Grécia», realizada no Fórum Lisboa no passado dia 2 de Julho.
18 comentários:
O resto não sei e não tenho pachorra para ouvir, mas este excerto é muito bom.
A Grécia é uma benção para este 'pensador' que à força de não se sentir ouvido encetara uma deriva acelerada para exprimir sentimentos, percepções, inspirações e suspeitas as mais institivas.
Petain estava tão certo quanto de Gaule: a um competia-lhe não ser suicidário, ao outro aliar-se a quem pudesse reverter a situação. E para ambos a causa era a sobrevivência da França.
Associar à sobrevivência da Europa a liberdade de os governos nacionais executarem políticas que impõem fluxos incontrolados de 'solidariedade' corresponde à extorsão que a Alemnah impôs à Europa e a que Pétain teve que se submeter.
Só que o Tsypras (por alguma razão a Aurora Dourada o apoia no referendo) não tenm tanques, só tem tretas.
Não sei se este comentário é aprovado mas estas declarações não podem passar impunes
Fazer o elogio de petain é nojento. Afirmar que petain estava certo é tentar fazer passar que o colaboracionismo miserável estava certo.É dar a benção a traidores.É a abjectividade a sobrar neste século XXI com os ventos do nazismo a intiltrarem-se por entre os intersticios das reeleituras da História feitas desta forma inqualificável.
Pétain foi lider do governo fantoche nazi.Foi um traidor que se aliou objectiva e subjectivamente ao nazismo. Pétain foi responsável pela entrega de muitos franceses às garras do nazi-fascismo. A polícia colaboracionista francea teve atitudes piores que alguns do próprio exército invasor. Petain foi condenado à morte em Agosto de 45 pelo facto de ter traído a França. Foi-lhe comutada a pena para prisão perpétua pelo facto de ter sido um herói da França durante a primeira Guerra.Morreu como um pedaço de estrume na prisão.
Tinha as mãos sujas de sangue de patriotas franceses
Associar o nome de petain ao de De Gaulle é um crime. Fazer a apologia dum traidor é confirmar a massa de que é feita a direita-extrema E do que há que esperar desta se lhe derem de facto a oportunidade.
De
"o que é que Pétain disse aos franceses? Aceitem a realidade. E a realidade é a ocupação alemã. E quais são os interesses da França? Colaborar com o ocupante, ser bom aluno da nova ordem europeia, fazer o trabalho sujo dos alemães, perseguir os judeus, executar os resistentes, combater no fim ao lado das SS. Era esse o trabalho de casa"
É este trabalho de casa que este sujeito que se assina como jose ou JgMenos considera que "estava tão certo como De Gaulle". É esta apologia de colaboracionismo com o ocupante, ser bom aluno na nova ordem europeia, fazer o trabalho sujo dos alemães,perseguir os judeus,executar os resistentes, combater ao lado das SS que não pode passar impune
Falar na "extorsão que a Alemanha impôs à europa" quando se fala numa tremenda e horrivel guerra é o quê? Francamente os adjectivos teriam que ser outros que aqui não cabem.
Comparar a esse horror e holocausto aquilo que se passa hoje na Grécia e ainda por cima ter o desplante de os associar à coragem e determinação dum povo, ultrapassa todas as marcas e exige também outro vocabulário que não estou disposto a aqui utilizar.
Mas é necessário ir abrir as janelas...
De
Não sei se já vos falei da Deolinda na intimidade.
Quando em ambiente mais íntimo ela é uma apaixonada defensora do Donbass, exalta os soviéticos e todos os seus simbolos e conforma-se em apoiar o Putin até que o poder soviéticos possa ser reconstruído. Com os sovieticos enche a boca com os nazis e exalta a Grande Vitória sem se questionar quanto às alianças entre pares totalitários que a precederam. Katyn e Holodomor são coisas de nazis e caluniadores, e os amnhãs que cantam justificam todo o horror.
Quando noutras partes, modera-se significativamente limitando-se a manter o espantalho nazi que sempre lhe poupa argumentos que não tem.
O desespero dá nisto
Às voltas com dona Deolinda, nome de guerra de quem quer que seja. Donbass e os soviéticos, com Putin à mistura.
Este paleio é o quê?
Para esconder o elogio a um colaboracionista traidor, fantoche do regime nazi?
Acenando com o "espantalho" nazi, ele , logo ele que faz o elogio a uma gigura tão sinistra?
Não serve. Os mínimos serão necessários. A raiva pelo Não, não deve permitir este colaboracionismo abjecto
De
Deolinda aprecia em particular o heróico Estaline que, tendo uma retaguarda com uma extensão continental, mandava para a guerra quatro homens com uma única espingarda e mais atrás o comissário político que fuzilaria quem se recusasse a avançar.
O seu ardor por tais heróis é tal que tudo o mais são insignificantes ou desprezíveis personagens.
O dia a dia das pessoas, o seu direito à vida e ao bem-estar, nada é perante tais grandezas guerreiras.
Em contrapartida, em tempos de paz é toda lamechisses e pieguices...
É inútil mas estas tentativas de fuga não resultam...e não passam
A fúria e o rancor e o medo pelo Não ocasionam estas cenas patéticas e meio-acanalhadas, traduzidas até no seu pedido de socorro a dona Deolinda. Ficará como testemunho do género, medíocre e ressabiado.
Patético e confrangedor esta fuga para os braços agora de estaline, há pouco de putin,às voltas com cenas de heroísmo feitas tontas só para esconder o seu elogio do colaboracionismo mais abjecto.Fazem assim sentido as odes permanentes à alemanha e os hinos aos senhores do poder e do dinheiro.Tornam-se assim compreensíveis as missas cantadas e as submissões em forma de reza em jeito de propaganda à rendição.
Sobra ainda uma questão , já que não queremos descer o nível para onde este jose / JgMenos quer levar o debate.
"O dia a dia das pessoas, o seu direito à vida e ao bem-estar" terá sido o argumento usado por pétain para "colaborar" com o ocupante, ser bom aluno na nova ordem europeia, fazer o trabalho sujo dos alemães,perseguir os judeus,executar os resistentes, combater ao lado das SS ?
Seria este o seu "trabalho" em prol da "sobrevivência da França"?
De
Pétain tomou plenos poderes em 10/7/1940; assinou as desnaturalizações em 22/7/1940 tornando por decreto apátridas uma série de franceses de origem judia; estabeleceu o estatuto dos judeus (expulsão dos judeus da magistratura, exército, ensino,...) a 3/10/1940; e criou os chamados campos "especiais" onde os judeus foram internados a 4/10/1940. Isto foi apenas o princípio.
Na escolha entre uma França totalmente ocupada e uma França que era reconhecida pelo inimigo como Estado, acreditou promover a segunda.
Com 84 anos e reconhecido herói da 1ª GG fez o bastante para o condenarem à morte e para lhe terem comutado a pena em prisão perpétua em julgamento a que se apresentou voluntáriamente. Cabe na história como vítima das circunstâncias o que não sendo honroso não tem que assanhar os idólatras de facínoras como a Deolinda.
Uma palavrinha para os jid (judeus) na União Soviética por esse tempo:«...ninguém terá de prestar contas por um judeu» de "O fim do homem soviético' Svetlana Aleksievitch
"Acreditou promover" uma ova. Um traidor. Do género que jose/ JgMenos gosta e promove.
Vítima das circunstâncias somos todos. "O homem e as suas circustâncias" dirá alguém com muito mais coluna vertebral que todos os colaboracionistas . Pétain foi um traidor que não soube estar à altura do seu lugar e da sua condição. Do género que Jose/JgMenos gosta e branqueia
A linguagem de plumitivo cúmplice pode passar pelo estilo pernóstico do género " fez o bastante para o condenarem à morte" ou "cabe na história" e outras larachas do género. Mas independentemente do mau gosto de estilo, o que não pode passar é que Petáin foi condenado À morte por traição à Pátria e por chefe dum governo fantoche. Pro-nazi.Com crimes de guerra às costas. O seu "acreditar na promoção" ( que raio de linguagem conivente) não pode passar pela pulhice. Quanto ao seu último gesto sublinhado por De Gaulle, é de lembrar que mais cedo ou mais tarde seria apanhado . E provavelmente fuzilado imediatamente.
"Não sendo honroso" será talvez a forma manhosa como jose manifesta a sua lamechisse e pieguice perante os traidores e os colaboracionistas. E é absolutamente revelador do que é a "honra"para tal tipo
(E a insistência na dona deolinda permite ver mais do que a casa gasta. Nomes de guerra de amigos intimos do jose no sofá ou fora dele não me interessam para nada. Fazem parte da sua vida privada. Mas deixam o rasto sugestivo dum pobre marialva, com tiques de)
O que não pode passar impune é esta tentativa de dizer que um colaboracionista com Hitler "andou bem" e ainda por cima ter a suprema ousadia de o comparar com De Gaulle.
O colaboracionismo abjecto não pode ser agora branqueado desta forma tão sinistra
De
( infelizmente volta-se ao tema.
O colaboracionismo abjecto e o anti-semitismo criminoso não podem aparecer escondidos atrás do que quer que seja.
O branqueamento da história tem um nome. E tem vários qualificativos.
Os judeus ainda não servem de passaporte de livre trânsito para se esconderem os verdadeiros crimes do holocausto. Face aos judeus; mas tanbém face a muitos outros como comunistas, partisans, doentes mentais, homossexuais
Nem as donas deolindas nem as fugas feitas barata-tonta para ver se passa diminuem a gravidade das afirmações ..nem as acusações de cumplicidade com os abjectos colaboracionistas)
De
Deolinda festejou um dia de notoriedade com todo o excesso de inutilidades e verrina que lhe ditam o mau sangue.
Como sempre ocorre segue-se regressar ao canto dos imbecis sem outro destino.
(mais uma vez uma lastima.
Mas este pequeno aparte de "jose" é o quê?
A tentativa de esconder o que disse, partindo dum nojento "Petain estava tão certo quanto de Gaule" para um acobardado mas sempre cúmplice "não sendo honroso" diz quase tudo. As tentativas de fuga para os braços das donas deolindas ( nome de guerra de alguma pobre parente do dito cujo ou do seu íntimo amigo flamengo , um tipo especialista em direito do trabalho e que compartilhava como o jose algumas curiosas noções sobre o trabalho...sobretudo o escravo) ou para os braços das escritas de WC não passa. Nem os insultos de quem se sente desmascarado.
Pétian ensalzó los valores tradicionales, como la religión, el patriotismo, la familia y la aceptación del trabajo como una obligación. Se dificultó la tramitación de divorcios, el aborto fue duramente reprimido
La legislación dispuso que los judíos franceses no tuvieran acceso al cuerpo de funcionarios, la educación, la prensa y el cine, en tanto que los de origen extranjero que se habían refugiado en Francia fueron recluidos en campos de concentración. La colaboración entre el gobierno de Vichy y Alemania, que quedó consagrada con la reunión sostenida entre Adolf Hitler y Pétain en octubre de 1940, se intensificó especialmente en 1942, cuando la policía francesa ayudó a los alemanes a detener a los judíos, sobre todo a los de procedencia extranjera, para enviarlos a campos de concentración como Auschwitz, donde eran exterminados. Unos 76.000 judíos fueron deportados por Francia entre 1942 y 1944, y únicamente sobrevivió un 3% de ellos, aunque otras fuentes hablan del regreso de un 10% de los deportados.
En octubre de 1940 y sin contar con la solicitud de Alemania, se promulgaron precipitadamente leyes de exclusión contra los masones y los judíos, que serían endurecidas al año siguiente. Las leyes excluían también a los franceses de "raza judía" (determinada por la religión de sus padres) de la participación en actividades públicas y en la administración. Se trató asimismo de limitar el número de estudiantes judíos en las universidades, medida que contó con el rechazo de la comunidad universitaria.
Depois...depois é ver petain condenar à morte os dirigentes da guerrilha, os partidáriss da resistência ,incluindo gaullistas e comunistas, a sua colaboração directa com os nazis -Al fin de la guerra, cuandoVichy se había convertido en un régimen al servicio de los alemanes, una parte de la Milicia (que cuenta con unos 30,000 hombres) participa activamente en la lucha contra la Resistencia, con el apoyo público del Mariscal Pétain y de Pierre Laval, su presidente oficial.
Os miembros de su Legión de Voluntarios Franceses combatían en la URSS con uniforme alemán. Cuando los aliados desembarcan en África del Norte el 8 de noviembre de 1942, Pétain da la orden de combatirlos a sus generales establecidos en Argelia y Marruecos, y las tropas francesas allí estacionadas librarán tres días de sangrientos combates contra las tropas anglosajonas.
70.000 reclusos en las cárceles del régimen, cuyos jueces dictaron 10.000 sentencias de muerte.
El 20 de agosto de 1944, el mariscal es conducido contra su voluntad a Sigmaringen, en Alemania, donde se refugiaron los dignatarios de su régimen. Lejos de dimitir, envía una carta a los franceses donde se denomina el "jefe moral de Francia". A colaboração com os nazis continua
As suas convicções políticas eram muito próximas do movimento nazi e dos fascismos da época.
Talvez seja por isso essa admiração mal oculta de "jose" para com este colaboracionista, traidor da sua Pátria e abjecto cúmplice dos nazis
De
Criar Uniões políticas e monetarias baseadas em políticos poetas, é evidente que só podia dar num romance com desfecho incerto.
Que me desculpe o ilustre Pacheco Pereira, mas discursos anestesiantes estamos todos fartos.A verdade nua e crua é que a Grécia pode acordar mergulhada num kaos que nem comendo terra vai resolver a curto prazo os as questões que lhe vão surgir pela frente.Portugal é outra história, como cada país europeu.
A pachorra das pessoas que por aqui "postam" para aturarem o paleio revisionista de "José" é admirável. Creio que já merecerão, mil vezes merecerão, um cantinho no Céu dada a piedade que demonstram por quem nitidamente teve uma congestão de tanto se empanturrar com os magníficos folhetos de Antony Beevor e quejandos. Já só cá nos faltava o incensar do Marechal gaulo-nazi e o matraquear do falso, velho e estafado tema do suposto anti-semitismo comunista soviético. Conselho amigo: queira o referido senhor "José" ler alguma coisa que lhe aclare o nevoeiro serrado que lhe vai por essa alma, e folheie umas coisitas de Geoffrey Roberts, de Michael Jones, de Götz Aly, de Ian Kershaw ou de Domenico Losurdo. Vai ver que lhe faz bem...
Errata: nevoeiro cerrado e não "serrado".
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