sábado, 1 de fevereiro de 2014

Trastes e contrastes

Por cá, banqueiros, provavelmente salvos pelo Estado, com tanta lata quanto poder, declararam recentemente ao Negócios, sob anonimato, que Portugal não se sabe governar, questão, diz-se, de cultura nacional, e que o país precisa de ter obrigações impostas por estrangeiros, indicando assim pela enésima vez quais as forças sociais internas ao serviço da cultura do domínio externo permanente. Já a Islândia, um Estado soberano que se preza, até porque disciplinou banqueiros, segundo a bloomberg, fixa como objectivo atingir uma taxa de desemprego de 2%, estando agora nos 4%, ou seja, pretende atingir o pleno emprego depois de ter superado uma crise com a ajuda de instrumentos de política de que não dispomos, mas que é nossa tarefa reconquistar, embora ainda sejam poucos os que apostam seriamente nisso. Neste momento, só a desobediência e a soberania democráticas pagam...

1 comentário:

Anónimo disse...

Quem mal trata alguém tem sempre um interesse inconfessável, toda a culpabilização de um mau resultado é uma desresponsabilização, toda mentira pressupõe uma desigualdade.