Excelente colóquio em perspectiva na próxima semana na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Para além de João Ferreira do Amaral, destaco Dominique Plihon, um dos principais economistas críticos franceses, professor na Universidade de Paris XIII e presidente do conselho científico da ATTAC francesa. Plihon foi orientador da tese de Mestrado do Nuno Teles nessa universidade francesa, em 2004:
"No entanto, a recuperação está longe de ser uma realidade. O ajustamento à euforia financeira dos anos noventa está por fazer e o enorme fardo da dívida que pesa sobre a economia norte-americana não permite antever um futuro sorridente. A instabilidade financeira, como já analisámos, está inscrita neste novo período do capitalismo. O futuro parece sombrio. No caso europeu, a situação é ainda mais complexa (…) sem capacidade orçamental para contrariar a recessão, ao contrario dos EUA. Com o endurecimento do pacto de estabilidade, a economia europeia parece destinada à euroesclerose de que se falava nos anos noventa." [minha tradução]
Para além de dois artigos em livros colectivos, da vasta obra de Plihon, julgo que está apenas editado em português o seu livro O Novo Capitalismo, em 2004 pela Campo da Comunicação, que tive o prazer de traduzir. Júlio Mota, Luís Lopes e Margarida Antunes, co-autores, entre outros, deste artigo sobre a crise, estão de parabéns por mais esta iniciativa.
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2 comentários:
Do artigo referido no último parágrafo, gostaria de sublinhar uma nota de pé de página já no final do artigo:
"os problemas da Europa
e da América vêm mais da China do que da Grécia, o que, nesse
contexto, significa que vêm mais da economia real do que da
economia financeira"
Infelizmente, continuam sem se verem soluções para a concorrência dos BRICS que não passem ou pela defesa do proteccionismo (com os inerentes custos de sociais/desenvolvimento para as populações dos BRICS) ou por tretas de economês que passam ao lado desta problemática
«que pesa sobre», suponho.
Ass.: Corrector Amigo.
(Não precisa publicar o comentário; basta corrigir o lapso).
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