terça-feira, 26 de junho de 2007

Que fazer?

«As formas de estruturação das empresas, os métodos de organização e gestão do trabalho das pessoas, as condições de mobilidade do capital produtivo e da mão-de-obra, a interminável revolução tecnológica que não pára de destruir emprego sólido na indústria (para a qual o sindicato foi talhado) e o cria, frágil, no terciário (que lhe é desconfortável), a dissolução dos referenciais revolucionários, a onda da privatização de todo o género de actividades, incluindo algumas naturalmente 'públicas', o furor competitivo geral que empurra 'para o fundo' e torna improvável toda a estratégia de melhoria e incremento nas condições de trabalho - tudo isso evoluiu contra o sindicato».

Vale a pena ler este artigo de António Monteiro Fernandes no Diário Económico. Isto significa «apenas» que as forças do desenvolvimento do capitalismo têm conseguido enfraquecer, um pouco por todo o lado, uma das principais formas de acção colectiva que tem contribuído para limitar as suas dinâmicas de exploração. Mas atenção, nada é inevitável ou está permanentemente resolvido no campo das relações de trabalho.

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