«Político dinamarquês diz que Portugal ainda não está preparado para a implementação da flexigurança». Pois não. Falta-nos tudo: sindicatos fortes, políticas de formação generalizadas, uma burguesia mais responsável e menos rentista, mecanismos de redistribuição robustos, uma força de trabalho mais qualificada, uma sociedade mais igualitária onde a cooperação e a confiança estejam menos corroídas. Enfim, uma variedade de capitalismo com um Estado Social mais decente.
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4 comentários:
Falando de rentismo,há us dias disseram-me que havia 400 000 pessoas em portugal a viver de rendimentos...
Está bem que consomem, e em teoria pagam impostos (espaço para rir), mas fiquei espantado com o numero.
Embora explique aquela gente toda a apanhar sol na linha de cascais todo o ano, que me fazia tanta confusão.
João deduzo das tuas palavras escrita que concordarás com a ideia da flexigurança? Só não estarás de acordo por causa do estado de desenvolvimento económico e social, e mesmo político, de Portugal?
Como concebes flexigurança com uma política salarial justa?
Como concebes uma burguesia menos rentista?
Uma sociedade mais igualitária e flexigurança?
Quer dizer a duração da jornada de trabalho, o tempo de trabalho necessário e o complementar, nada têm a ver com a flexigurança?
E a insegurança no emprego e o desequilibrio da correlação de forças entre vendedor da capacidade de trabalhar e comprador dessa mesma capacidade não têm qualquer relação com o aprofundamento das desigualdades.
Quer dizer e também vais na cantiga de que existe burguesia mais e menos responsável. Não existem condições objectivas relacionadas com o desenvovlimento dos meios de produção que condicionam as opções de aplicação do capital acumulado pela burguesia.
Caro Ricardo,
A questão tem de ser vista no seu devido contexto. Foi o que eu tentei fazer. Acho que é a melhor forma de evitar transposições mecânicas e slogans fáceis. Ou seja, a flexigurança em Portugal nunca será mais do que o aumento das facilidades de despedimento e de desorganização da vida dos trabalhadores.
Quanto ao resto, as tuas peguntas são tão pertinentes quanto difíceis de responder.
A flexisegurança vem para ficar, e infelizmente não vai haver nada que a pare.
O necessário era que houvesse sindicatos fortes (porque não os há, se já os houve?) que saibam negociar com o patronato, para defender o que é inaceitável e abrir mão do possível.
mas não podem desistir a meio e dizerem que como não estão de acordo, não assinam as negociações.
ou julgaram eles que é não negociando que se defendem os trabalhadores?
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