«Actualmente a Polónia é governada por uma coligação de revanchistas pós-Solidariedade [principal partido (ilegalizado) da oposição na era comunista], rufiões pós-comunistas provinicanos, os herdeiros dos chauvinistas de antes da Segunda Guerra Mundial, grupos xenófobos e anti-semitas e ainda o meio da rádio Maryja, os porta-vozes do fundamentalismo etno-clerical.»
«[...] Para os vencidos da revolução polaca de 1989, a liberdade é uma grande incerteza. Os trabalhadores do Solidariedade em grandes empresas tornaram-se vítimas das liberdades que ganharam. No mundo-prisão do comunismo, uma pessoa era propriedade do Estado, mas este zelava pela sua existência. No mundo da liberdade ninguém proporciona esses cuidados. É neste ambiente de ansiedade que a actual coligação [dos irmãos Kaczynski] governa, combinando as panaceias conservadoras de George W. Bush com as práticas centralizadoras de Vladimir Putin».
Quem o diz é Adam Michnik, antigo líder do Solidariedade, num artigo publicado pelo Público na sexta-feira passada. Em causa está sobretudo a chamada «lustração», uma espécie de caça às bruxas contra todos aqueles que venham a ser considerados como antigos apoiantes do anterior regime. Estimativas falam em 700 mil pessoas... Isto passa-se dentro da União Europeia.
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