“Prosseguimos uma estratégia deliberada para tentar diminuir os custos salariais uns em relação aos outros, combinando isso com uma política orçamental pró-cíclica [de austeridade], o que teve como efeito líquido enfraquecer a nossa procura interna e minar o nosso modelo social” admitia, em Abril passado, apesar das suas pesadas responsabilidades neste assunto, Mario Draghi.
Atente-se, pois, na disparidade de avaliações e no discurso serôdio que acompanha a prática preguiçosa e gananciosa dos patrões portugueses e no desplante do governo que, com total desrespeito pelos factos, lhes dá respaldo.
2 comentários:
Há muitos e muitos anos que se houve esta mesma lenga, lenga. A pretexto da renovação, mudam os dirigentes das diversas organizações ligadas ao patronato mas a lenga lenga é sempre a mesma. Nunca se pode distribuir o que não se produz mas a verdade é que a diferença entre o salário médio e o dos tais dirigentes ( na maioria das empresas e sem falar nos pingos doces e continentes deste país) é abismal e cada vez cresce mais.
Tudo isto deve ser porque os tais Srs não param de trabalhar de noite e de dia para aumentar a tal produtividade e criarem riqueza,!?
Os governos são os funcionários mais privilegiados do bando de gatunos intitulados de patrões. Não há maior ou melhor exemplo de apropriação indevida de riqueza do que a que esta escumalha patronal pratica.
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