«Ao longo deste período, confirmaram-se debilidades estruturais da sociedade portuguesa e das políticas públicas, enquanto emergiam novos problemas. Num quadro de urgência, revelaram-se também capacidades que poucos antecipavam. Se os défices crónicos de planeamento e de monitorização das políticas se tornaram mais visíveis, verificou-se uma capacidade de adaptação notável, com respostas substantivas e eficazes em vários domínios. Não olhar, em conjunto, para as continuidades e a reprodução das fragilidades, por um lado, e para as mudanças e a inovação virtuosa, por outro, traduzir-se-á sempre numa leitura enviesada das políticas públicas desenhadas para gerir a pandemia».
Da introdução de Ricardo Paes Mamede e Pedro Adão e Silva à edição de 2021 do relatório sobre o Estado da Nação e as Políticas Públicas, este ano com o título «Governar em Estado de Emergência» (acesso gratuito ao relatório, na íntegra ou por capítulos, aqui). Tal como nas edições anteriores (2019 e 2020), trata-se de uma publicação do IPPS-Iscte por ocasião do debate parlamentar sobre o Estado da Nação. Este ano, pela primeira vez, o IPPS-Iscte, em parceria com o CoLABOR, junta ao relatório uma muito interessante base de dados, «O Estado da Nação em Números». Boas leituras e boas consultas.
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1 comentário:
No capítulo sobre Saúde pode ler-se:
Sem informação nem capacidade negocial, o SNS não passará de uma péssima central de
compras ao serviço de negócios privados.
O problema é que já é, sem que se vejam medidas de fundo para deixar de o ser.
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