Os investigadores do CES que são seus assalariados desempenham, no âmbito do que está estipulado nos seus contratos, funções de docência, mas só em programas doutorais das faculdades da Universidade de Coimbra, da FEUC à Faculdade de Letras. Enquanto professor, leciono a licenciaturas, mestrados e doutoramentos.
Creio que este esclarecimento pessoal e institucional é útil, porque há alguma confusão por aí.
Como toda a gente, tomei ontem conhecimento do relatório final, resultado de um aturado trabalho de meses por parte da Comissão Independente, composta por pessoas reputadas exteriores ao CES. Como investigador do CES, tive a oportunidade de participar na sua apresentação e de aí intervir. Basicamente, saudei o que me pareceu ser a imparcialidade, a integridade e a sensibilidade da referida Comissão. Os seus resultados são claros. Saudei também a Carta Aberta da Direção e da Presidência do Conselho Científico do CES.
As outras instituições de ciência e ensino superior devem olhar bem para a forma, exemplar e até de certa forma inédita, como a instituição está a lidar com estes “indícios de ‘padrões de conduta de abuso de poder e assédio por parte de algumas pessoas que exerciam posições superiores na hierarquia do CES’”.
Todos sabemos que todos sabemos o que anda por aí. É que a precariedade da universidade neoliberal é mais forte do que os avanços inequívocos nas questões de género. As relações de classe contam mais, afinal de contas, também para as relações de género.
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