No livro Casa da Rússia, John Le Carré tece uma intriga na qual os serviços secretos dos EUA e britânicos são levados a entregar uma lista de perguntas a uma suposta fonte do aparelho científico soviético, a qual, afinal, já estava comprometida pelos soviéticos. No fim de tudo, o personagem principal mostra-se espantado com a aflição de quem geria a operação. Não eram só perguntas? Sim - respondem-lhe - mas revelam o que o Ocidente sabe e não sabe.
Ora, isso acontece também no jornalismo. Há entrevistas que dizem muito mais dos entrevistadores do que dos entrevistados.
Foi o caso da recente entrevista do candidato comunista à Presidência da República João Ferreira dada à Rádio Renascença e ao jornal Público. Muito mais à Renascença, que estava representada pela sua directora de informação, Graça Franco, do que ao jornal Público representado pela jornalista Maria Lopes, já que foi a primeira quem marcou o ritmo da entrevista (ver a edição impressa aqui que não dá todo o colorido da entrevista).
As perguntas revelam o ponto de que parte o jornalista, o nível dos seus conhecimentos, o grau da sua preparação (ou a sua cedência à preguiça, ao cansaço e à pobreza vazia e desinteressante da espuma dos dias), o seu interesse (ou desinteresse) em aprofundar o pensamento do entrevistado, capaz de trazer mais luz (ou de acrescentar mais ruído ao ruído). As perguntas podem revelar igualmente o seu compromisso com a verdade do entrevistado (ou um comprometimento com os seus adversários e inimigos, acabando por ser afinal uma peça de campanha); a sua capacidade de elevação do debate e de fazer voar uma conversa entre seres que pensam (ou, dada a sua ignorância, arrastar ideias para a lama das palavras e visões curtas, resultando afinal num ataque de um troll profissional); o seu controlo das emoções para que nada perturbe esse voo das ideias (ou, na sua ausência, a raiva que deixa transparecer no tom calmo, baralhando o que está a ser debatido); no final, o seu interesse (ou desinteresse) como pessoa e ser intelectual, se é um ser humano bem formado e bem pensante, capaz de ouvir mesmo o seu inimigo, tal como se amasse tanto o próximo como a si própria, capaz de ser uma boa jornalista (ou se é apenas um inquisidor-mor em potência ou um outro cónego Melo, levado pela raiva mal gerida e mal resolvida, arrastada pelas suas convicções cegas às nuances do que está em jogo, tomado pelo seu poder momentâneo).
Vivemos tempos complicados, complexos e perigosos. A sociedade portuguesa está à beira de um momento em que uma "modernização" de três décadas de reformas, aplicadas sob os auspícios do FMI e da “liberalizadora” privatização da actividade económica, culminou num sistema político de transferência de soberania que penaliza as fracas economias e fortalece as fortes; depois de uma década de recessão e depressão provocada por vagas sucessivas de “resgates” e de políticas ineficazes aplicadas sob os auspícios da UE, a sociedade portuguesa encontra-se à beira de outra vaga em que os próprios instrumentos de “ajuda” estarão, mais uma vez, condicionados por quem nos “ajudou” a afundar. Um caldo que se teme poder descambar numa escalada do desemprego que resultará no pano de fundo de um estado permanente de emergência como forma de condicionar o debate político, numa conjuntura em tudo propícia a tensões sobre o próprio regime democrático.
E no meio de tudo isto, do que se lembrou a directora de informação da Renascença de perguntar ao candidato João Ferreira?
Segue-se a sequência das perguntas feitas. Ao fim da cerca de meia hora, que pensamentos se retiram do que pensa a jornalista da Renascença sobre o momento português, sobre o mundo? Pouca coisa, a não ser a tentativa – pouco disfarçada - de colocar (atirar) pedrinhas ao caminho de João Ferreira. Ver-se-á que nem um estagiário faria tais perguntas - porque teria vergonha de mostrar nada saber - quanto mais jornalistas séniores, como a directora de informação da Renascença que, estranhamente e porque acha talvez que nada tem a provar, acaba por agir como um estagiário que copia o que ouviu noutro lado.
Maria Lopes:
• Com qual dos antigos candidatos presidenciais apoiados pelo PCP se identifica mais?
(e volta a interromper JF para lhe perguntar: qual é a sua inspiração?)
Graça Franco:
• Pela sua idade só se poderia inspirar nos três ou quatro últimos.
• Na apresentação na Voz do Operário transpareceu um certo afastamento de Jerónimo de Sousa que não apenas o distanciamento social. Houve algum desentendimento?
• Entrou sozinho [no recinto], quase ia a sair sozinho...
Maria Lopes:
• Quando foi convidado para se candidatar? (Para se perceber esse processo de decisão...)
Graça Franco:
• Também pediria desculpas à candidata do Bloco?
• Foi uma frase machista dita pelo secretário-geral do seu partido. Nunca faria isso?
• Para um partido que critica os que se servem da política e defende a exclusividade na AR, vai à quinta eleição e tem dois cargos, de eurodeputado e vereador. Vai abdicar de algum deles?
Maria Lopes:
• Lidera listas há uma década: isso não indicia alguma falta de recursos no partido ou é tirocínio para secretário-geral?
• (repete) É um tirocínio para Secretário-geral?
Graça Franco:
• Jerónimo de Sousa disse que esta candidatura é para levar até ao fim. No caso de haver risco de Ana Gomes ficar em terceiro lugar ultrapassada pela extrema-direita, faria uma indicação de voto na candidata socialista?
• Eu só queria perceber uma coisa… Não viveu na clandestinidade, não participou nas lutas antifascistas. A escolha do comunismo foi uma herança de família ou uma opção sua?
• Então o que falta?
Maria Lopes:
• E isso piorou com Marcelo Rebelo de Sousa?
(JF fala dos descontentamentos que levam ao recrudescer de forças antidemocráticas, fascizantes... Graça Franco interrompe, mas JF prossegue: “A maneira mais clara é votar na candidatura herdeira daqueles que lutaram pela liberdade”.)
Maria Lopes:
• E em que é que Marcelo contribuiu, nestes cinco anos, para que esses extremismos grassassem?
(JF identifica 3 ou 4 tendências claras. Em momentos chave, de conflito, MRS nunca pendeu para o lado dos desprotegidos (no Código do Trabalho, na habitação, na defesa dos serviços públicos, nos transportes, na Lei de Bases da Saúde.)
Maria Lopes:
• Ainda mais à direita, André Ventura diz que quer mudar o regime. No seu caso também tentaria mudá-lo? Como?
(JF insiste que “Se há coisa que inspira esta candidatura é o regime democrático consagrado na Constituição”)
• Vê-se mais como um Presidente de todos os portugueses ou um Presidente comunista de todos os portugueses?
(JF afirma que o Presidente da República tem hoje obrigatoriamente de ser comprometido com as dificuldades, os interesses da esmagadora maioria da população e enfrentar interesses poderosos que têm limitado o desenvolvimento do país e que hoje dominam a economia nacional”)
Graça Franco:
• Esse discurso, muitos dizem o mesmo no Parlamento. O que lhe pergunto é, em termos de inspiração, como classifica o regime de Putin?
(JF responde à primeira frase da pergunta – “Não sei se há outros. Em pleno período de confinamento, em inúmeras empresas houve o aproveitamento para regulação dos horários, cortes salariais, houve quem juntasse o discurso e a prática...).
Maria Lopes:
• Mas no caso da Venezuela havia a comunidade portuguesa.
• Isso significa que devia ter actuado de forma mais veemente?
Graça Franco:
• Não devia ter condenado Maduro?
• Não condena o regime de Maduro?
• Mas acabou de condenar Bolsonaro e Trump…
• E isso não significa condenar Putin?
Maria Lopes:
• Falemos um bocadinho de futuro. O PCP é contra a eutanásia. O processo da legalização está quase a terminar na AR e há probabilidade de ser aprovado. Como Presidente vetava?
• Nem pedia fiscalização ao Tribunal Constitucional?
• Promulgava, portanto.
• Em termos pessoais o que pensa sobre o assunto?
• Essa é uma opinião um bocadinho diferente [da do PCP]...
Graça Franco:
• O PCP perdeu com a geringonça?
Maria Lopes:
• Mas há ano e meio dizia-nos que o papel do PCP estava a ser mais bem compreendido do que no início da “geringonça”, mas em 2017 veio a queda a pique nas autárquicas, no ano passado nas europeias e nas legislativas. Foi benéfico ou prejudicial?
• Se não olha para os resultados eleitorais para definir a sua estratégia, qual o seu objetivo mínimo em Janeiro, tendo em conta que Edgar Silva deixou a fasquia no nível mais baixo de sempre? Foi a fasquia mais baixa de sempre...
Foi isto. Resta saber o que, no momento actual, terá levado uma jornalista sénior como Graça Franco a comportar-se desta forma...
23 comentários:
Alguem quando se candidata a um cargo publico, e quer ter alguma visibilidade, e ter entrevistas, sujeita-se a ter entrevista, " organizadas" por amigos, e entrevistas mais hostis, qual o problema....
O que leva estes "jornalistas" a comportarem-se assim?
O regime económico e as estruturas de poder por ele criadas (União Europeia, FMI, etc.) estão numa crise que se aprofunda, isto é o que leva estes "jornalistas" a comportarem-se desta forma.
É ansiedade, afinal, pensava esta gente que a História tinha acabado...
Graça Franco é escriba da Rádio Renascença e beata, sem capacidade de discernimento para além daquilo que a sua formação religiosa e conservadora lhe impôs e que ela tenta impor aos outros. Tornou-se conhecida por fazer entrevistas de qualidade e interesse duvidosos no Canal 2 e por escrever artigos inflamados contra a IVG, na linha ideológica de Bagão Félix. Esta Áurea Sampaio loura que adora o ex-cabo nazi e Papa católico, Bento, também costuma falar sobre tudo: aborto, taxas moderadoras, Hugo Chávez, consolidação orçamental, processo de Bolonha, indissolubilidade do matrimónio, dívidas de hospitais, liberdade de imprensa, doença de Alzheimer, problemas do ensino, etc, etc, etc. É verdade, já me esquecia. e é paga pela Sonae, ela e o Manuel Fernandes!
João Ferreira
terá várias virtudes
mas de uma deu prova
Tem uma paciência...
...imensa
A muito invocada Constituição da República não atribui ao PR determinar a orientação política dos governos. nem a definição das suas acções.
As perguntas, para além de umas curiosidades que são de uso, vão num sentido claro: pode haver um comunista a presidir a uma República Democrática que não lhe respeite os dogmas e que promova o desenvolvimento capitalista?
O jornalismo, João Ramos de Almeida tem destas coisas e destas pessoas. Os outros candidatos também serão confrontados, provavelmente, com perguntas mais ou menos parvas. Mas o PCP tem sempre que mostrar desagravo. Não vale a pena vir dar um cházinho porque Graça Franco não fez as perguntas que você gostaria que ela fizesse.
Agora, se calhar, o que as perguntas revelam é uma menorização do candidato por Graça Franco, o que é naturalmente injusto para com João Ferreira, que é uma pessoa estimável.
Mas olhando para o seu lugar nas sondagens, isso não surpreende muito. Há muitos anos (desde sempre) que o PCP tem um candidato próprio que nunca tem hipóteses de ganhar, mas cuja campanha serve fundamentalmente como veículo de transmissão das propostas do Partido, quando o programa de um candidato presidencial é a CRP e os poderes por ela atribuídos ao PR.
Umas vezes esse candidato desiste em favor de outro candidato de Esquerda (em favor de Zenha, depois de Sampaio), outras vai até ao fim com votações cada vez mais miseráveis, que por vezes nem o pleno do Partido em Legislativas conseguem.
Ora isto revela de facto pouco respeito pelo eleitorado, que gosta de candidatos presidenciais que pensem pela sua própria cabeça. E quem não respeita o eleitorado não pode esperar ser respeitado...
E nem vale a pena puxar da reacção pavloviana do ai que isso é anti-comunismo primário. O PCP está tão sujeito à crítica como qualquer outro Partido democrático. É por isso que vivemos numa Democracia Multipartidária. O seu colega João Rodrigues acha que ela é limitada mas até ver, é o melhor que se conseguiu arranjar...
Um artigo de JRA muito útil
Dá para ver o esgoto por onde anda algum jornalismo e a cloaca onde convivem alegremente alguns jornalistas. Das chefias, perdão, dos bosses. Têm que dar o exemplo e por isso são pagas/pagos
Há aqui um plano desenhado a régua e esquadro. A resposta tem que ser plural, mas firme e sem tibiezas
Aleluia.
Já se conseguiu ensinar o que são as reflexos condicionados de Pavlov a JS. Ao fim de tanto tempo a demonstrarem-nos, ele começa a incorporá-los no seu discurso.
Até que enfim. Mas senhores, que pobreza, que idiotice.
De como do conteúdo da mensagem passa para a contabilidade dos votos é um mistério para quase todos,menos para este profissional do neoliberalismo, a suspirar dengoso pelas suas grilhetas.
O resto é o costume, sem esquecer aquela marca de água com que JS tenta resolver os seus complexos de inferioridade cognitiva com outros autores deste blog,utilizando outros textos de autores do LdB, para tentar "responder" a quem não consegue sequer beliscar intelectualmente. Fraca gente.
Há todavia um pormenor riquíssimo dos austeros "princípios democráticos" de jaime santos,a demonstrar a podridão que corrói estas "elites" que, sem vergonha, embora involuntariamente acabam por confirmar para onde se bandeiam
Diz JS:
"quem não respeita o eleitorado não pode esperar ser respeitado..."
Como? O eleitor não tem a sua opção de voto? Estas coisas já chegaram ao ponto de apresentar os eleitores como um corpo único, massa informe e disforme, com uma vontade própria única, que se deve respeitar de acordo com os princípios do respeito do eleitorado definido por estas coisas?
Percebe-se. JS acha que quem não respeita o seu eleitorado , não deve ser respeitado.Eis aqui em destaque, a deslocação da democracia,não para o corpo das ideias, mas para as concepções anti-democráticas que enxameiam as hostes neoliberais e de direita.
(Descanse JS.Ninguém vai ter a presunção imbecil de dizer que JS não pensa pela sua própria cabeça, quando anda a escrever esta missa em prol da formatação canina dos votos)
Jose faz o seu papel.
As perguntas de "uso" pelas coscuvilheiras da literatura de cordel que usa alimentam-lhe a sua alma.
( parece que Salazar também consumia este tipo de literatura, mas com um foco especial em santinhos e santinhas)
Os dogmas que invoca alimentam-lhe a pesporrência ideológica e os princípios salazarentos que defende. Falem-lhe na Constituição da República portuguesa e vejam como começa a estrebuchar
Ó Carlos. Isso parece uma carta de amor dum namorado obcecado a chamar a atenção da namorada. Até a folha de pagamentos Tão primário que só mesmo quem está perdido de amores
Esta espécie de entrevista vai ao encontro daquilo que eu já tinha partilhado num post anterior ou seja qualquer entrevista feita a qualquer comunista que se propõe a algum cargo elegível o teor das suas propostas são relegadas para o plano do dispensável e o guião das questões é sempre o mesmo independentemente do candidato.
Será que numa entrevista ao Marcelo este terá que explicar a sua posição política acerca do sistema capitalista dos grandes poderes económicos viverem na impunidade com a conivência dos governos?
Será que irão questionar a idade da Ana Gomes e a sua aparência dizendo que já está velha e com uma cara que parece a frente de um camião Tir?
Será que irão perguntar ao Coiso do Chega onde é que ele estava no 25 de Abril ?
Enfim meus caros isto não é uma choradeira comunista nem tão pouco uma vitimização a la calimero isto é apenas e só o exemplo de que a um comunista a eleição não basta ser bom tem que ser excelente e o João Ferreira é a prova dessa máxima.
José
A sua concepção de uma Republica Democrática é, para ser educado, no mínimo sofrível quando acredita que uma Republica para o ser terá de seguir um sistema capitalista.
A sua ideia de democracia esbarra com a realidade e põe a nu a sua ignorância acerca do conceito pelo que é de uma Hipocrisia atroz reparar no modo leviano com que questiona alguém que é pertença de um colectivo que pariu o termo para que em Portugal a democracia seja hoje uma realidade.
Quanto a curiosidades de uso afins talvez se comprar a revista Maria consiga saciar esse seu voyeurismo da vida alheia ... acredito que lá encontrará termos menos complicados de acordo com a sua compreensão cognitiva.
Jaime Santos
E porque é que acha que houve uma menorização do candidato João Ferreira por parte de Graça Franco?
É que se tivesse posto esta questão a si mesmo de um modo introspectivo talvez o conteúdo do seu comentário tomasse uma forma diferente de algumas patacoadas contraditorias que irreflectidamente partilhou ... não acha?
Infelizmente a Graça Franco é só um (péssimo) exemplo do jornalismo de pacotilha que hoje se pratica, a quase totalidade dele viciado e influenciado por quem manda nos orgãos de comunicação social: grupos económicos, accionistas, políticos, etc, o que quiserem. Para além da falta de qualidade, nível e ética do próprio "jornalista", claro. Esta entrevista foi uma vergonha - como quase tudo o que esta senhora faz no seu ofício? Foi. Mas já é tudo tão previsível e expectável que não surpreende.
P.S. Não sei como é que ainda existem pessoas que discutem o velho e primário antagonismo "comunismo vs capitalismo". A China é o paradigma de que essa perspectiva estanque é obsoleta e já não faz sentido, porquanto sendo um regime totalitário comunista - sem dúvida -, está perfeitamente integrado, em termos económicos e sociais, no sistema capitalista, e comporta-se como um agente capitalista e neoliberal. Mais, foi um governo da direita neoliberal portuguesa, que lhes alienou duas empresas, de produção e distribuição de energia eléctrica, nucleares e fundamentais ao desenvolvimento de qualquer país, com o argumento de que o Estado é mau gestor. Pelos vistos, acreditando no que disseram os governantes desse governo, o Estado Comunista para além de excelente gestor, é um magnífico parceiro de negócios...
A.R.A
Reconheço que fui demasiado generoso naquela das ‘perguntas que são de uso’. De facto todas são bem a propósito das pretensões do candidato à maior magistratura do país.
Mas verdadeiramente do seu comentário interessa-me saber qual é o ‘termo’ - «um colectivo que pariu o termo para que em Portugal a democracia seja hoje uma realidade»?
Quanto à outra pergunta não espero que lhe dê resposta,
«o velho e primário antagonismo "comunismo vs capitalismo"
Tem toda a razão: para os totalitários não faz diferença nenhuma, e não foi a China que o descobriu, Mussolini já lá chegou há muito mais tempo atrás.
À liberdade é que faz toda a diferença.
"Durcet", um dos múltiplos nicks do travesti em holandês, volta.
E depois do seu cartão habitual de visita, como que tentando identificar-se com o que já se disse, avança para a sua também habitual valsa.
Desta vez falando da China, com aquele ar próprio de um jornalista do Independent. Como se fosse deus a papaguear numa feira
O discurso do coitado cai por terra, sem glória nem proveito. João pimentel ferreira,perdão "durcet" diz:
" A China blablabla e mais blablabla... comporta-se como um agente capitalista e neoliberal"
Neoliberal, a China?
Ahahaha.Isso queria o "durcet", perdão o JPF
Já agora...eu percebo que os neoliberais de turno tentem apresentar como inevitável o Capitalismo, como objectivo último da História.
Mas confessemos, a idiotice é por demais tacanha. Só mesmo da cabeça dum deles, aproveitando as saias da Graça Franco, apresentar a sua visão da história,desta forma tão estanque e obsoleta.
ob·so·le·to |ê|
(latim obsoletus, -a, -um, gasto, caído em desuso)
adjectivo
1. Caído em desuso; que já não se usa. = ARCAICO
2. Que está fora de moda ou não corresponde aos últimos desenvolvimentos técnicos. = ANTIQUADO, ULTRAPASSADO ≠ ACTUAL, MODERNO
"Obsoleto", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/Obsoleto [consultado em 28-09-2020].
!!!!
O Jorge Santos acha que se conquista respeito desaparecendo da política. Percebe-se, quando as pessoas responsáveis dos governos desaparecem de cena, o respeito só pode subir por deixarem de criar miséria.
Se o capitalismo é inevitável ou não, está em discussão. Mas se querem que se pare de falar em socialismo, o melhor que têm a fazer é deixarem de o chamar ao mínimo de regulação e decência, bem como ao mais pequenino corte nas rendas dos DDT. Como insistem no fim da história, paciência.
Pobre jose
Agora anda atrás do palavreado obsoleto do seu amigo. Como meio de chutar a bola para o lado,já vimos bem melhor
O que diz tal palavra deste?
Adiante que vamos ao que importa, deixando os pontos de exclamação de jose, no raminho com que nos costuma presentear
Jose fala em Mussolini
Mussolini era aquele companheiro de caminhada dum sacana sem lei de nome Salazar.Tinham ambos o fascismo no bojo e tinham por hábito levantar a mão na saudação típica. Para além de outros péssimos hábitos, comuns entre fascistas
De "liberdade" nem um nem outro estavam interessados. O que leva as coisas para o lado cómico deste agitar trémulo de jose em prol da dita cuja.
(Terá finalmente deitado para o lixo infecto os discursos claros e lúcidos do sacana sem lei?)
Mas Mussolini não se equiparava apenas aos fascistas da época.
No seu primeiro discurso no Parlamento Italiano, em Junho de 1921, afirmou: “O Estado tem de ter uma política policial, judiciária, militar e estrangeira. Todas as restantes políticas, e não excluo sequer o ensino secundário, devem voltar para a actividade privada dos indivíduos. Se queremos salvar o Estado, temos de abolir o Estado colectivista.”
Era a sua costela (neo)liberal
Vemos o elo
José
Compreendo a sua sagaz "curiosidade" acerca do "Termo que foi parido" pelos comunistas aliás tal "Termo" até já entrou na ternura dos 40 e, pese embora as dores de crescimento, o bullying de que foi e ainda é alvo, fez muitos amigos e além da família que o pariu, criou ele mesmo uma grande família plural que gosta muito dele ... e são aos mil, muitos muitos mil. Pena que o José nunca tenha ido a uma reunião de família do "Termo" para constatar tal facto visto que se assim fosse facilmente o reconheceria .
Mas não se apoquente, terei todo o gosto em apresentá lo se assim entender o querer conhecer contudo algo me diz que pela sua forma de pensar deve ser muito selecto em amizades e que prefere manter a sua ignorância do "Termo " pois a ignorância gera mais frequentemente confiança do que o conhecimento e, por aqui, já deu para perceber há muito que o José nunca falha e raramente se engana tal o nível de confiança que deposita em si mesmo ...
Ah! Poderia o caríssimo partilhar a qual outra pergunta se refere ? Se me quiser elucidar terei todo gosto em tentar responder lhe a altura dos seus altos valores de exigência.
SA-LA-ZAR
(-um, gasto, caído em desuso)
nome próprio
1. Caído em desuso; que já não se usa. = ARCAICO
CHE-GA
- Que está fora de moda ou não corresponde aos últimos desenvolvimentos técnicos. = ANTIQUADO, ULTRAPASSADO ≠ ACTUAL, MODERNO
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