sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Perguntar ajuda?

Schaeuble admite revisão dos termos na nova ajuda à Grécia. Quanto é que o PIB tem de quebrar? Quanto é que a taxa de desemprego tem de aumentar? Quantas empresas têm de ser vendidas a preso de saldo? E as pensões ou os salários? Quantos mais cortes? Qual é o nível de empobrecimento e de desespero? Eu sei que isto já é batido, mas insisto porque a fabricação de um consenso medíocre não pode deixar de ser combatida: qual é o grau de destruição socioeconómica que convencerá os jornalistas deste país a deixar de usar o termo ajuda para caracterizar o que se passa na Grécia ou nas restantes periferias?

5 comentários:

Portugasuave disse...

in " inteligenciabrasileira.blogue

"Alemanha tem € 5 trilhões em dívida escondida" 23.09.11

A dívida pública da Alemanha é muito maior que o oficialmente admitido, segundo cálculos do professor Bernd Raffelhüschen, da Universidade de Freiburg, divulgados no jornal Handelsblatt e reproduzidos pela Bloomberg.Além dos 2 trilhões de euros (US$ 2,7 trilhões) de dívida pública, há outros 5 trilhões de euros de dívida escondida, por causa de déficits na seguridade social e nos fundos de pensão, disse o professor

Anónimo disse...

"Alemanha tem € 5 trilhões em dívida escondida" 23.09.11

A dívida pública da Alemanha é muito maior que o oficialmente admitido, segundo cálculos do professor Bernd Raffelhüschen, da Universidade de Freiburg, divulgados no jornal Handelsblatt e reproduzidos pela Bloomberg.Além dos 2 trilhões de euros (US$ 2,7 trilhões) de dívida pública, há outros 5 trilhões de euros de dívida escondida, por causa de déficits na seguridade social e nos fundos de pensão, disse o professor

Maquiavel disse...

O seu a seu dono.

Até o "esquerdista" DSK já alvitrou que os bancos têm de aceitar perdas com a Grécia. Isso é que é inevitável!

Ora bem, a questäo é simples (como quase sempre): o "spread" das taxas de juros supostamente reflectem o risco de incumprimento, i.e., o risco de calote. Na Alemanha o risco é 0, logo a taxa para a dívida soberana é 2%; concomitantemente para Portugal o risco é maior, e a taxa é (muito) maior. E com a Grécia vai nos 130% a 1 ano, porque eles näo väo pagar, né?

Claro que pagam. Pelo menos o principal pagam. A Alemanha näo vai deixar o euro desaparecer, e o BCE vai imprimir o montante necessário para cobrir o calote. E depois, para näo haver inflaçäo, sobe a Euribor. E pronto. Lixa-se é quem tem empréstimos para casa e carro, olha, paciência, fizessem como eu e poupassem enquanto houve.

Vamos lá a ver: os bancos têm que pagar a chico-espertice, porque estamos em tempos de vacas magras. Esquálidas. Até agora tinham o sol na eira (risco de calote efectivo ZERO) e chuva no nabal (spreads de 15% ou mais). Isto ou há moral ou comem todos, e abusaram demais. É a isto que a Merdkel chama de "restruturaçäo controlada da dívida", os bancos näo chegam a ganhar todo o spread (se näo todo mesmo, veremos), mas o resto está assegurado. E em vez de lucros de 3.000 milhöes teräo "só" de 2.000 milhöes. E calem-se, que assim safam-se de boa bancarrota!

Aí é que entram os eurobonds, que näo teräo a taxa média, mas a básica... porque o BCE garantirá o pagamento dos empréstimos, conquanto os critérios de convergência sejam respeitados.

Anónimo disse...

O que está a acontecer na Grécia, Irlanda, Portugal e a todos os países onde o tentáculo dos banqueiros, o FMI (e a UE também), toca é puro roubo. É um ataque concertado, oportunista e que visa atingir objectivos definidos.

A carneirada tem é que abrir os olhos e ver o que está a acontecer!

Anónimo disse...

Jornalistas?Mas onde é que existem jornalistas indepedentes e sérios em Portugal nas TVS?O sector financeiro controla a comunicação social e enquanto os poucos sociais democratas que sobraram não se unirem com a esquerda para abrir rádios e jornais, a lavagem ao cérebro e a propaganda mentirosa vai continuar.Porque, o tempo em que os debates tinham de ser intelectualmente honestos acabaram,hoje é possível mentir ou manipular os factos para prosseguir uma agenda política e neste caso extremista e neofascista, em directo sem direito ao contraditório e foi o que Medina Carreira,Marcelo Sousa,Camilo Lourenço e Sousa Tavares andaram a fazer.
O que é de lamentar é que os únicos líderes políticos que se opõem a isto tenham tido medo de afirmá-lo nos tempos de antena e debates que tiveram.Alegre apenas o afirmou em reuniões durante a campanha eleitoral.Aqui, a comunicação social está acima da crítica,basta ver quem são os seus directores para verem que a côr política é sempre a mesma e ligada ao sector financeiro.