segunda-feira, 13 de junho de 2011
O jogo preferido do euro
“Almunia alerta que Espanha ficará sem acesso aos mercados se falhar metas orçamentais.” Estes alertas da brigada austeritária são geralmente acompanhados por garantias do tipo “a Espanha não é Portugal” ou a crise está limitada ao PIG. Uma taxa de desemprego impossivelmente elevada, graças ao rebentamento da bolha, à crise e à austeridade que se seguiu, uma revisão em baixa das perspectivas de crescimento, metas para o défice orçamental impossíveis de alcançar sem ameaçar a economia, fragilidade bancária e incremento das pressões especulativas: começou a cair a peça espanhola do dominó europeu? A Espanha não é Portugal, de facto. Se esta grande peça cair, a conversa moralista dos PIGS é definitivamente abafada pela única conversa que importa: o euro é para acabar ou para reformar? A queda desta peça é mais difícil porque o tamanho conta, apesar de, por exemplo, as ondas de choque da inevitável reestruturação da dívida grega terem certamente força suficiente para dar uma ajuda decisiva...
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2 comentários:
Perdoem-me a sacanice e o cinismo, mas acho que o Sócrates sempre teve a esperança que essa peça do dominó europeu ficasse mesmimnho á beira de cair (ou caisse mesmo) para que as atenções se desviassem de Portugal e para que os ultra-liberais do BCE inflectissem a direcção da sua politica financeira. Teve galo com a falta de colaboração dos nossos vizinhos. Não há gosto perfeito nesta vida!...
A Espanha tem de reduzir o seu deficit comercial rapidamente de forma a aumentar o emprego interno.
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