Os economistas ortodoxos passam a vida a defender as virtudes da concorrência desenfreada. Mas tendem a não aplicar o mesmo raciocínio à sua profissão. Na esmagadora maioria dos departamentos de economia reina a paz dos cemitérios do pensamento único. Imposta, como já aqui afirmei, por meios extra-científicos. Onde existe pluralismo e debate, muitos fazem um esforço, por vezes bem sucedido, para acabar com tais heresias, usando da intriga, da acusação desonesta de enviesamento ideológico ou da razão do poder. Raras vezes apostando no debate honesto e frontal. Olhem que eu sei do que estou a falar...
De facto, quem se atreve a contestar os pressupostos da teoria dominante ou as suas conclusões neoliberais pode passar um mau bocado. Leiam este excelente artigo do New York Times sobre o que se passa nos EUA e sobre como, apesar de tudo, as coisas estão a mudar. A afirmação das virtudes do salário mínimo, do proteccionismo selectivo ou, a um nível mais teórico, mas com tantas implicações práticas, a incorporação de pressupostos mais realistas sobre o comportamento humano, parecem estar a abalar a fé na utopia do mercado sem fim. E a mudar a forma dominante de entender a ciência económica.
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1 comentário:
Boas notícias de facto!
(you have been linked)
GCS
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