Era uma vez, um fabricante automóvel de um país em desenvolvimento que decidiu tentar exportar um modelo para os Estados Unidos. Embora o automóvel fosse pequeno e barato, o momento era motivo de orgulho para o país e para o fabricante que, durante 25 anos, fabricara carros de baixa gama exclusivamente para o mercado interno.
A exportação do modelo falhou e logo se ergueram vozes defensoras do retorno da empresa ao seu negócio original, o fabrico de maquinaria têxtil, e da liberalização do mercado interno, de forma a permitir a entrada de melhores e mais baratos automóveis de outros países. O fabricante beneficiara de forte protecção tarifária durante décadas. O Estado tinha mesmo subsidiado a empresa, num momento de iminente falência, dez anos atrás. No entanto, a opinião que então prevaleceu foi a de dar mais tempo à empresa. Nenhum país se tinha desenvolvido sem um robusto sector automóvel.
Isto foi em 1958, no Japão, e a empresa em causa era a Toyota. A mesma empresa cuja marca Lexus é, hoje, um ícone da globalização.
Este exemplo, retirado deste fantástico artigo de Ha-Joon Chang (economista já aqui referido), mostra como TODOS os grandes países mais industrializados do mundo recorreram à protecção do seu mercado interno aquando dos seus processos de industrialização. Um valioso instrumento - necessariamente aliado a outros - negado actualmente, por estes mesmos países, ao mundo em vias de desenvolvimento.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
O grande sucesso e' o hibrido Prius. Aqui nos States sao mais que as maes.
Enviar um comentário