«Os homens de acção que se julgam perfeitamente livres das influências doutrinárias são habitualmente escravos de um ou outro economista. Os visionários influentes, que ouvem vozes nos céu, destilam utopias que nasceram alguns anos antes no cérebro de um qualquer escrevinhador universitário».
John Maynard Keynes, escreveu sobre a influência dos economistas como intelectuais públicos em 1936. Provavelmente com algum exagero. Mas só algum. A verdade é que a ciência económica tem uma invulgar capacidade para influenciar o debate público. Talvez por isso seja a ciência social mais vigiada, mais disciplinada e com menos pluralidade interna.
Habituados a celebrar a concorrência em todas as áreas, os economistas académicos procuram manter por todos os meios, sobretudo «extra-científicos», o domínio de uma determinada perspectiva teórica na academia. Perspectiva essa que tem um evidente enviesamento mercantil e neoliberal. Vejam sobre isto este brilhante artigo/reportagem que retrata o que se passa nos EUA. Poder-se-iam dizer muitas coisas semelhantes sobre o panorama em Portugal.
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1 comentário:
Desconhecia este artigo da Nation... (levou algum tempo a ser impresso)
E' engracado ver referencias aos cromos que conheco (Perelman, Lee, Ruccio, Davis, Shapiro, Palley). Mas um pouco triste por nao ser surpreendido com outros nomes... "same old chickens"?
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