quinta-feira, 7 de junho de 2007
Se até já o Wall Street Journal reconhece...
O Wall Street Journal (WSJ) é o diário conservador de referência de todos os especuladores por esse mundo fora. Por isso é insuspeito. Pois bem, até já o WSJ reconhece que «a globalização acentua as desigualdades na distribuição dos rendimentos». A liberalização irrestrita dos fluxos de investimento e de mercadorias parece ser responsável por este padrão. Não é um economista de esquerda que diz isto. É uma reportagem do WSJ.
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10 comentários:
Será possível? Essa notícia deve ter sido obra de algum estagiário-sabotador-terrorista que se infiltrou no jornal. Aposto que o WSJ já publicou entretanto um desmentido.
Pois, pois. Mas eles so vao dizendo a verdade ate o Murdoch os comprar. Depois a coisa compoe-se.
A questão é se eles dizem isso, e acham que está errado. Porque já ouvi muito liberal dizer que não há mal nenhum em os ricos ganharem 300x mais, se os pobres ganharem 2x mais... afinal, estão duplamente melhor não é?
E o bom do Guevara reconheceu que se o povo queria ser rico o modelo capitalista era melhor.
Para alguns, é melhor pobrezinhos mais iguais...certo?
I. Rodrigues,
Eu sou um desses liberais.
VocÊ prefere que todos fiquem a , ganhar pouquinho mas de igual forma não é?
Eu sou inimigo da pobreza, e os bons marxistas são inimigos da desigualdade. Infelizmente a igualdade não alimenta nem dá liberdade...
FElizmente o povo já não engole essas conversas...
Caro Ricardo,
Pedia-lhe que nos explicasse melhor a relação causal entre igualdade e criação de riqueza. Dá a entender, de forma ridiculamente simplista, que mais igualdade significa menor crescimento. As suas afirmações teriam mais força se as explicasse.
Já agora, acredito que com um bocado de esforço consegue encontrar na esquerda exemplos mais qualificados de defensores das virtualidades do capitalismo.
Retorquido aqui:
http://small-brother.blogspot.com/2007/06/muito-combate-pouca-enconomia.html
Caro Pedro Santos,
Eu defendo a liberdade pela liberdade em si. Entendo que cada indivíduo deve dispôr da sua liberdade desde que não entre na liberdade alheia.
Dito isto, explico-lhe em poucas palavras o que o main stream da economia ensina. O main stream da economia está os economistas de combate aqui da casa como o main stream da medecina está para os homeopatia...
A igualdade imposta, porque é disto que se trata, limita a iniciativa. Elimina a concorrência. Torna a oferta de bens e serviços rígida. Por isso é que a igualdade imposta por esse mundo fora nas economias planificadas demonstrou ser uma receita para o fracasso, como previsto pela teoria económica main stream.
Caro Ricardo Francisco,
francamente não sei de que mainstream da economia está a falar. É que a relação negativa entre desigualdade e crescimento económico tem sido sistematicamente identificada em inúmeros estudos empíricos.
Em qualquer caso, felizmente até no mainstream já se percebeu que é difícil encontrar relações lineares robustas no contexto de processos tão complexos como é o crescimento económico.
Convido-o a ler, por exemplo, o paper aqui apresentado http://ideas.repec.org/a/aea/jeclit/v37y1999i4p1615-1660.html.
PS: se o Journal of Economic Literature (da American Economic Association) não é mainstream para si, então peço-lhe o favor de me explicar o que entende por este conceito.
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