A privatização ou mimetismo mercantil dos serviços públicos que este Governo continua a levar a cabo chegou, em todo o seu esplendor, ao ensino superior. Foi agora apresentado um novo modelo jurídico para as universidades. As alterações são profundas.
Os actuais órgãos colegiais de gestão das universidades, compostos por representantes eleitos dos estudantes, professores e funcionários, são substituídos por um novo órgão, o Conselho Geral, onde os funcionários não terão lugar e os estudantes estarão reduzidos a um peso de vinte por cento do CG. A substituí-los estará um conjunto de «notáveis» da sociedade civil, com um peso de trinta por cento.
Como o João já aqui notou, este processo resultará na subordinação da universidade a interesses particulares. Estes não-eleitos «notáveis» serão sempre o fiel da balança de um órgão onde professores e alunos são eleitos por listas. A autonomia e democracia universitária, conquistadas há 33 anos atrás, acabaram, ironicamente (ou talvez não!), com um governo «socialista».
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