sábado, 2 de junho de 2007
Private Equity (I)
Há duas semanas a fusão, de 1998, entre a alemã Daimler e a norte-americana Chrysler foi desfeita pela primeira, devido aos crónicos prejuízos da segunda. A Daimler vendeu então os seus activos a um fundo de «private equity» (não arranjo tradução satisfatória), Cerebus de seu nome. Estes fundos de capital privados definem-se pela especificidade do tipo de investimento dado ao seu capital. Empresas com capital disperso em Bolsa, normalmente em dificuldades, são compradas e tornadas «privadas»: a gestão é totalmente assumida pelo fundo, deixando estas empresas de estar sobre o escrutínio dos mercados bolsistas. O objectivo neste tipo acções é claro. Depois da tomada da empresa, cortam-se rapidamente os custos (leia-se cortes salariais e despedimentos) e, mais cedo do que tarde, revende-se a empresa no mercado bolsista, tornando-a novamente «pública». Más notícias portanto para os trabalhadores da Chrysler.
Para um caso mais próximo, encontrei este exemplo, retirado de uma entrevista por uma responsável de um destes fundos dada ao Expresso: «A venda à Quercus Equity espanhola da Alfasom portuguesa (aluguer de equipamento audiovisual) por parte da Explorer Investments (um fundo português), que gerou um retorno 4,3 vezes superior ao investimento em apenas 20 meses».
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
É bastante usual que dê um "salto" a este blog e leia, com agrado diga-se, os inúmeros posts e comentários.
Este, infelizmente, nao me provoca o mesmo sentimento.
O "Private Equity" é apoiado pelo governo Espanhol (do PSOE) e bem! Nao consigo afirmar, com total certeza, se de igual forma é também apoiado por parte do governo Português (mas devia e, em alguns dos seus programas, como o por exemplo Nest, que penso ainda estar em vigor, parece-me que até já o faz).
Se me é permitido, aconselho algumas leituras complementares (em castelhano... como os caractéres da máquina em que escrevo, razao pela qual falta um til aqui e ali :)
(1) http://wwwn.mec.es/ciencia/culturacientifica/files/ponencias/17JoseMartiPellon.ppt#256,1,Capital riesgo y capital desarrollo
(2)http://www.webcapitalriesgo.com
Cumps
Enviar um comentário