terça-feira, 26 de junho de 2007

Obscuro numas coisas, claro noutras

O João queixa-se, com razão, das afirmações de Vital Moreira sobre o referendo europeu. No entanto, o mesmo Vital Moreira escreveu um post, onde consegue explicar, de forma simples e clara, a racionalidade do investimento público nos transportes (neste caso, na ferrovia). Reproduzo-o na íntegra:

«Algumas análises dos últimos dias criticam o facto de o modelo financeiro do TGV apresentado pelo Governo implicar a assunção pelo Estado de uma parte dos encargos com investimento da rede, como se o trasnporte ferroviário devesse sempre ser autofinanciado. Mas a crítica é improcedente. Tal como os outros transportes públicos, em geral (metropolitano e demais transportes urbanos), o transporte ferroviário tem uma dimensão de serviço público, que deve ser financiada pela colectividade (ou seja, pelo Estado) quando o pagamento pelos utilizadores não for suficiente. Tudo depende da dimensão e da proporcionalidade do investimento e da sua relevância pública» (aqui).

3 comentários:

Samir Machel disse...

Obviamente. O que nao é admissível é que o financiamento do Estado seja cobertura para a renda de uma meia dúzia de privados...

Nuno Teles disse...

Tem razão samir. Falta essa nota ao post.

Diogo disse...

Tive há mais de um ano uma troca de emails com Vital Moreira acerca dos Iraque. É difícil encontrar uma pessoa mais estúpida. No caso dos TGVs é apenas vendido.