sexta-feira, 1 de junho de 2007

Economia Solidária (I)

Anteontem, o economista de combate brasileiro Paul Singer, a que já aludimos aqui, deu no ISCTE uma extraordinária conferência sobre economia solidária no Brasil.

Começando por definir a economia solidária como «a intervenção organizada das classes trabalhadoras na economia para a sua democratização», Paul Singer deu uma aula de história económica e social sobre as experiências de autogestão no Brasil nos anos oitenta e noventa. Período em que se dá a imposição do modelo neoliberal que gera o desemprego e acentua a pauperização e em que ao mesmo tempo surgem poderosos movimentos sociais que estão na base da formação e crescimento do Partido dos Trabalhadores.

É neste contexto que começam a proliferar experiências de cooperativismo em que os trabalhadores de empresas falidas se apropriam dos activos dessas empresas e procuram recuperá-las. Isto, juntamente com os esforços de auto-organização popular para criar condições mínimas nas comunidades mais pobres e excluídas, gera um movimento que tem hoje expressões muito interessantes e que foram brilhantemente descritas e analisadas por Singer, actualmente secretário nacional da economia solidária no governo Lula.

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