Seria muito esclarecedor ouvir Pedro Passos Coelho, José Luís Arnaut ou Miguel Pinto Luz na sua qualidade de vende-pátrias. As guerras culturais mais importantes têm lugar em torno das formas de economia política, ou seja, das lutas de classes, assim no plural.
É preciso não esquecer que a corrupção sistémica, atentando contra noções básicas de interesse público, é indissociável dos processos de neoliberalização, sabemo-lo há muito.
Em primeiro lugar, as privatizações, as concessões, as parcerias público-privadas e outras engenharias neoliberais necessariamente opacas induzem uma insalubre promiscuidade entre um poder económico empoderado e um poder político que se diminui. Em segundo lugar, a concentração de riqueza induz uma cada vez maior arrogância por parte do capital, o que julga cada vez mais que tudo se compra e tudo se vende, incluindo a influência política.
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