domingo, 8 de maio de 2016

Informar é preciso


«Nenhum aluno será transferido do colégio onde que se encontra, com contrato de associação, para um estabelecimento público. E por quê? Porque o Governo está a assegurar o compromisso de cumprir os contratos celebrados, que garantem o fim do ciclo. Para ser claro: um aluno que está no 5º ano vai para o 6º; um aluno que está no 7º ano vai para o 8º; um aluno que está no 10º vai para o 11º e do 11º para o 12º. (...) O que poderá acontecer, porque são ciclos diferentes, é um aluno que está no 6º [fim de ciclo] não passar para o 7º [início de ciclo]. Isso pode acontecer nos casos em que haja uma duplicação com a rede pública. Ou seja, quando a rede pública não só existe como tem qualidade e corresponde a capacidade instalada. (...) O que está em causa é evitar e eliminar as redundâncias. (...) O governo vai analisar a rede e, como faz todos os anos, verificar quantas turmas são necessárias na rede pública, quantas turmas a rede pública não cobre e, consequentemente, quantas turmas de início de ciclo têm que ser abertas em colégios com contrato de associação. (...) Uma coisa posso garantir: é que uma turma na escola pública, onde haja capacidade instalada - e gostava aqui de sublinhar que estamos a falar em capacidade instalada, de uma escola pública que tem capacidade para 40 turmas e só lá tem 25, por exemplo (e há muitas) -, quando há capacidade instalada, uma turma numa escola pública custa bastante menos.»

Excertos da entrevista da Secretária de Estado Adjunta da Educação, Alexandra Leitão, a Judite de Sousa (no programa 21ª hora da TVI24), que merece ser vista na íntegra. Esclarecer é preciso, sobretudo quando os partidos da direita, PSD e CDS-PP, continuam a alinhar o seu discurso a retórica dos privados em torno dos contratos de associação, carregando ainda mais o ar de propaganda e desinformação.

28 comentários:

Jose disse...

Traduzindo:
1 - Se capacidade instalada quer dizer cimento - o que é mais que certo na versão Nogueira/ME - vamos ter despedimentos no privado e emprego no público.
2 - Como já em Outubro os colégios perdem três ou mais turmas começam a despedir, na proporção como mínimo e, se verificada a inviabilidade económica, fecham a porta e vai tudo para o público.
...e a festa da função pública prossegue a bom ritmo até ao estouro final!

António Pedro Pereira disse...

Caro Nuno:
Quem quiser perceber o que está em causa percebe.
Só os parolos não percebem.
E os que não lhes interessa perceber, por isso se fazem de sonsos.
O que está em causa é, através do facto consumado dos contratos de associação para suprir dificuldades ainda existentes, o negócio da Educação ir ganhando posição e comendo cada vez maior fatia do ensino público até ao ponto que este fique apenas com as franjas dos descamisados que eles não querem nos seus colégios.
O mesmo que estão a fazer com a Saúde e os hospitais públicos, onde vão buscar os médicos formados e onde ficam apenas os pobrezinhos.
Os seguros de saúde e a ADSE levam-lhes os clientes de mão beijada.
A crise, a falta de recursos do Estado e as regras neoliberais da UE fazem o resto.

Anónimo disse...

Não percebo a argumentação de José. Quem paga os professores do privado são exactamente os mesmos contribuintes que pagam os professores do público. Ao menos os empreendedores dos colegios deixam a subsidiodependencia e ficam livres para ir criar riqueza.

Anónimo disse...

É a festa da subsidio-dependência desse aí em cima
De resto é a marca de água dos neoliberais de pacotilha. É sempre assim.

Anónimo disse...

A direita e a direita-extrema têm em geral nítidas dificuldades para conseguirem argumentar de forma límpida e honesta. Porque perseguem uma agenda própria, motivada por interesses particulares, assumindo a procura do lucro como única condição considerada humana. Os demais são apenas vistos como mão-de-obra barata ou como fonte de rendimento a explorar. A explanação directa destes factos conduziria ao seu estouro.

Esta discussão toda é paradigmática do que afirmo. Nuno Serra tem razão em voltar a ela, porque a manipulação e a desinformação escorre por aí, de todas as formas e feitios. O pior para "eles" é que a exposição serena da realidade e dos actos faz cair com estrondo todo o berreiro histérico produzido em volta deste assunto.

Por exemplo, o anónimo das 12 e 32 arruma de todo com as asnices do primeiro comentador em meia dúzia de palavras

Jose disse...

Para os falsos inocentes aí acima ficam as seguintes notícias:
- O privado não pode selecionar os candidatos às turmas subsidiadas.
- O Estado, e em particular o puteiro do ME, tem provas dadas de ser um mau administrador de recursos, e estar permanentemente dependente da comunada.
- Qualquer empreendimento privado tem que ser viável economicamente. E a regra não é acumular perdas mas evitá-las. A tornarem-se inviáveis vão fechar no mais curto prazo, salvo se lhe assegurarem a cobertura dos prejuízos - que é provavelmente ao que vamos assistir a par de investimentos no público. O do costume!
- A pressa do anúncio só a geringonça o justifica. Os cretinos geringonçosos alimentam os seus ridículos egos de proclamações 'fracturantes'. Não fora isso e tudo poderia ser tratado caso a caso, que é suposto ser essa a regra contratual.

Anónimo disse...

As questões do ensino e da educação são muito delicadas para serem mercantilizadas, para ficarem
sob livre arbítrio da concorrência, que e´ sempre desleal… Atenção que se trata de preparar as gerações para o futuro deste Pais…
Acontece que não e´ o Estado (que somos todos nos) o culpado de um desenvolvimento impróprio para consumo, mas sim os maus governantes que em seu nome governam mais os interesses de classe.
Independentemente das mudanças e ajustes necessários às exigências dos tempos que vão correndo, o que se viu durante várias Legislaturas, foi muita ligeireza (POEIRENTA) da maioria PS/PSD/CDS.
Pelo decorrer da discussão verifica-se fiabilidade nas mexidas propostas pelo governo de A. Costa…
Vamos a ver se não e´ outra mexida para piorar o sistema..! E´ que a Escola não e´ só Publico vs Privado! De Adelino Silva


Anónimo disse...

Vejamos como os axiomas neoliberais não passam duma farsa:

"Se capacidade instalada quer dizer cimento"

Mas quem disse tal? Ninguém. Como não disse ninguém tem que se inventar qualquer coisa. E sai um destrambelhado e desonesto "o que é mais que certo na versão Nogueira/ME "

Como? Mas isso não é um facto. Isto é um perdigoto saído do teclado para fora em estilo de reza e de slogan rasca. Parece, num outro patamar, Passos a dizer que nunca inaugurou e outras aldrabices do género

Uma premissa inicial fundada neste babar ideológico arruma de vez com as conclusões. E mostra que afinal estamos perante mais uma pieguice descarada para com os interesses privados, tão bem desmascarada pelo anónimo das 12 e 32.

Porque em termos de ódio, este é reservado para os sindicatos, para a função pública,para os salários, para as pensões, para os "treteiros" ( a merecerem, segundo o das 9 e 50, um tratamento adequado pelos torcionários do antigo regime).


Anónimo disse...

Há uma frase assassina aí em cima que liquida e põe a ridículo todo o argumentário daqueles que utilizaram ad nauseam o tema do "vivemos acima das nossas possibilidades" (e que agora assumem a defesa apenas dos interesses privados).

«Quando há capacidade instalada, uma turma numa escola pública custa bastante menos.»

É que quem viveu acima das suas possibilidades é quem lucrou e lucra com os negócios privados. Como se viu e vê...agora nestes negócios particulares.

O que está em causa não é a racionalidade económica. Mas sim o lucro. Para garantir "a subsistência de quem corre riscos de investimento" (recorrendo posteriormente aos offshores se necessário for). Entretanto a dívida privada (que depois se torna pública), é para pagar por todos, de acordo com os interesses privados dos credores. Precisamente os interesses dos mesmos que defendem estas negociatas.

Cheira mal? Claro que cheira

Anónimo disse...

"Puteiro"?

Mas o que é isto?

Se este tipo está habituado ao meio é lá com ele mas que o confine em casa ou aos seus negócios privados. Mas francamente este tipo de linguagem aqui,não

Anónimo disse...

"O privado não pode seleccionar os candidatos às turmas subsidiadas".

Era o que mais faltava ...tínhamos todos os filhos dos banqueiros a serem seleccionados

Anónimo disse...

Desmascarando mais axiomas neoliberais:

"O Estado, e em particular o puteiro do ME, tem provas dadas de ser um mau administrador de recursos, e estar permanentemente dependente da comunada."

Sério? Puteiro é a marca de água de quem não sabe o que diz. Uma baba viscosa e esverdeada a correr dos queixais. Mas adiante.

Claro que o ME tem provas dadas de ser um mau administrador dos interesses públicos.Tem sido governado por coisas muito más e Crato assumiu proporções catastróficas. Neste caso concreto foi o próprio Nuno Crato que se encarregou de anunciar que a celebração destes contratos ia deixar de estar dependente da inexistência ou insuficiência de oferta pública, ao nível do ensino básico e secundário" . Os negócios privados a crescer e o lucro também

Portanto o que quererá este tipo que anda com os puteiros na boca? Que não se corrija e emende a administração do ME enfeudado aos interesses privados?

Quanto ao termo "comunada"...esta é mais uma prova do linguarejar típico do bas fond de direita confinado ao meio do "putedo " e às terminologias salazaristas da "comunada".

Anónimo disse...

Será o caro jose um bot? As vezes que já repetiu treteiros e amantes da gerigonça, parece que entrou num loop e já não consegue sair dele.

Unknown disse...

Esclarecer e preciso:
Como disse e muito bem a sra Sec. nao se tem em conta , nem os custos, nem os resultados obtidos pelos alunos, nem a qualidade do ensino, nem a vontade dos pais e alunos. Ficamos esclarecidos sobre as "razões" validas que levam o decisor a tomar as medidas que vai tomar.

Anónimo disse...

Mais disparates em forma de pieguice:
" Qualquer empreendimento privado tem que ser viável economicamente. E a regra não é acumular perdas"

Claro que tem.Mas porque motivo tem que ser suportado pelo erário público? O que está em causa é evitar e eliminar as redundâncias

Onde pára o ódio contra os anteriormente designados subsidio-dependentes? E agora assistimos a esta pieguice bacoca para estes "subsídio-dependentes"?

A falta de vergonha desta cambada é fétida

Anónimo disse...

"A pressa do anúncio só a geringonça o justifica"
"tudo poderia ser tratado caso a caso que é suposto ser essa a regra contratual".

Sério?

Mas o que se diz é que "o governo vai analisar a rede e, como faz todos os anos, verificar quantas turmas são necessárias na rede pública, quantas turmas a rede pública não cobre e, consequentemente, quantas turmas de início de ciclo têm que ser abertas em colégios com contrato de associação".

Elementar e perfeitamente claro

O que já não é claro é que é que a "regra contratual" invocada por um sujeito foi sistematicamente violada pelo governo de criminosos Passos/Portas/Albuquerque/Cristas que não tiveram pejo em roubar salários e pensões. Para gáudio desse que agora choraminga pelos "negócios privados" e pelas regras contratuais, esquecido das barbaridades que disse e como o disse quando essas regras eram de acto violadas.

Anónimo disse...

O "tratar caso a caso" , "as regras contratuais", os desempregados....

Pensamos que estamos a assistir a uma farsa.

Dizia o mesmo que manifesta agora a sua preocupação com o citado acima e no auge do desemprego no período da governança neoliberal de Passos / Cristas:
"Quanto aos empregos que se perdem, provavelmente haverá de perder muitos mais para que se estabeleça o princípio de que o útil, não é o desejável, mas o possível".

Naquela altura não pedia encarecidamente um "caso a caso" nem falava de regras contratuais...

Quanto os desempregados...urrava por mais

Dias disse...

Passos Coelho ainda não percebeu a problemática das “gorduras”, que é o que são esses tais colégios redundantes. E agora atiça os colégios: "É muito possível que estas instituições coloquem o Estado em Tribunal, porque este não está a honrar os seus próprios compromissos”.
Ele e o Crato é que deveriam ir responder a Tribunal pelas asneiras que fizeram, sempre a parasitarem o Estado (veja-se o caso da Tecnoforma).

Tavisto disse...

Passos Coelho acusa o Ministro de estar a representar outros interesses. Noutros tempos, quando alguém se empenhava na defesa do interesse público, era acusado de estar a soldo de Moscovo. E agora, a quem servirá Tiago Brandão Rodrigues?
PS, Nesta matéria o José está acima de qualquer suspeita.

Anónimo disse...

cagalhão zé

tens uma lata!
aahh e tal não pode ser, o Estado abona as abriladas todas e agora temos que pagar o défice
aahh e tal a geringonça vai ser um dilúvio, estes gajos só sabem é gastar
mas quando se tenta poupar atacando as verdadeiras mamas tu babas-te todo
és muito ordinário e não tens um pingo de vergonha nesse focinho fedorento
não passas dum cobardolas virtual

Anónimo disse...

António Cristovão....vai dar banho ao cão

Anónimo disse...

Mas que resposta mais acertada. Parabéns anonimo . Só não entende quem é ficcionista..

Jose disse...

O badalhoco ensaia formular um argumento? Rejubilemos que o facto é só por si assinalável!
«quando se tenta poupar» articula no meio da sanha demencial da habitual badalhoquice.

Poupar? Que economicista que ele está! Quase me comovo,
não conhecesse a manha ideológica que veste a pele que lhe convém carimbando de dialéctica a ausência de carácter e de vergonha.
Seguramente que vai poupar contratando mais gente para trabalhando menos fazerem menos e ganharem mais.
Mas é mais gente para a Luta de esmifrar o orçamento à custa dos pategos que vivem a vida de enteados do Estado trabalhando no abominável privado que a todos tem que alimentar.
E os brutos dizem acreditar que quando o privado estiver esmifrado e decadente, será do público das mordomias e das lutas que virá a força regeneradora que a todos levará ao progresso.
De facto não o creem, mas uma coisa os satisfaz: pelo menos todos estarão na merda, o que é assinalável progresso; e sempre reservam a surda ambição que para os camaradas lutadores sempre haverá uma conta especial...

Anónimo disse...

Badalhoco?
Onde ouvi tal termo?

Ah ! Foi o próprio das 00 e 37 que o disse.

"Não duvido que (os Pides)trinchassem um treteiro badalhoco de vez em quando, que a higiene pública também é defesa do Estado.

Ai esta saudade da Pide e do seu "trabalho em "prol" da "higiene pública"

Anónimo disse...

O desconsolo desconfortável dum que perde as estribeiras e que sai desta forma desvairada, tensa, encarniçada,tremente, com o carão desgrenhado, engolindo todos os seus próprios mantras paridos ao longo dos tempos.

Então não é que a geringonça desmascara as negociatas entre o Crato/Passos e os que querem viver à custa do erário público?

O enredo era outro. O viver acima das suas possibilidades era para aplicar aos que foram explorados e roubados.Não era para os dos negócios privados tão do agrado deste tipo.


Anónimo disse...

Um indigente.Uma indigência.Também intelectual.Fica-se sem saber se é por incapacidade de ir mais além,se é por pura tentativa de manipulação, ao jeito dum Goebbels de trazer por casa.

Veja-se como tenta arranjar "argumentos" para negar a poupança que se faz. Nada. Niente .Nothing. Rien. Não aduz nada, apenas um salivado histérico , tolo e tonto assente numa reza adequada aos discursos histriónicos dum de outras eras.. "Ausência de carácter e de vergonha, dialéctica, seguramente vai contratar mais gente para trabalhando menos fazerem menos e ganharem mais ( isto será acompanhado de algum corrimento corporal?). E continua desvairado: "Mais gente para a Luta, esmifrar pategos vivem enteados estado, abominável privado, brutos esmifrado ( de novo) decadente ,mordomias, força regenerativa, merda, assinalável progresso, surda, camaradas lutadores, conta especial".

É isto? É este salivar tonto que constitui alguma argumentação acerca do tema que se debate?

É esta a direita-extrema que temos

Anónimo disse...

Alguém viu o das 00 e 37 contra-argumentar ao que se disse antes?

Ao menos qualquer coisinha?



Anónimo disse...

problema é que se eu quiser por os meus filhos num privado com contrato com o estado não consegue ter vaga.porque? Porque não frequentou o 1 ciclo que era a pagar e como não frequentou o colégio nessa altura já não tem vaga. então oi s colégios com contratos associativos são só para quem tem dinheiro para pagar durante 4 anos. Entao se podem pagar durante esses 4 anos continuem a pagar se não ponham os filhos numa escola pública e não queiram ter as mesmas regalias a borlix.