«Este filme é uma pancada na cabeça e um murro no estômago. Do qual não se sai indiferente. Nem bem disposto. Ou com uma profunda amargura ou em estado de revolta contra esta engrenagem. Ou as duas coisas. A Lei do Mercado confronta-nos com a nudez crua do trabalho e do trabalhador enquanto mercadoria. Desfaz as pílulas do "empreendedorismo", da "valorização dos recursos humanos" e do "capital humano" com que o discurso hegemónico tenta disfarçar a realidade cruel da cada vez maior alienação do trabalho neste capitalismo de casino. Recurso descartável. Sobrevivência material e reconhecimento social pelo trabalho convertidos em servidão sem outro horizonte. Não representando o filme todo do trabalho contemporâneo, mostra o darwinismo social e a individualização em marcha nas relações sociais. Transformando trabalhadores em algozes da sua própria condição e reprodutores da sua servidão. Relação de trabalho assim tornada armadilha. Este filme passa-se em França, com um desempregado depois convertido em vigilante de supermercado. Podia ser cá. Sindicatos, solidariedades, acção colectiva para enfrentar esta engrenagem que nos destrói a humanidade. Nunca foram mais necessários.»
Henrique Sousa (facebook)
8 comentários:
O horror!
O pavor!
Nem os servos da gleba se confrontavam com tão terríveis desafios. Um retrocesso civilizacional!
“embora seja importante, não é hora de fazer balanços, nem demonstraçao de resultados, para isso o tempo e´ mestre. Agora é hora de lutar”.
Como convencer os meus vizinhos a se dedicarem mais um poucochinho no desmoronamento desta baderna quando queixosos da dificil vida que levam– trabalho precario, parco salario, dividas para pagar e culpando tudo e todos?
Mesmo engajados em Partidos que apoiam o actual governo de esquerda, eles sentem-se culpados do mal por que estao a passar…
Sinto que reina uma desconfiança nociva no seio do povo. Aquela do “São todos iguais”
pegou forte. sente-se a necessidade do dialogo povo/deputados de esquerda…
Sugiro que os partidos de esquerda saiam pra rua esclarecer as massas da actual conjuntura politica e social. De Adelino Silva
O ódio patente a quem trabalha. O ódio a quem trabalha mas, de forma gritantemente obscena, surge também, da parte do das 11 e 01, o gozo obsceno pelo trabalho e pelas condições de trabalho.
Um darwinista social a mostrar que de facto a luta de classes existe, Mas a mostrar mais. A mostrar que a serpente está viva e que o horror e o pavor estão aí ao virar da esquina . O retrocesso civilizacional já ocorreu mas eles querem mais, já que se excitam com a putrefacção e o cheiro fétido como, sem querer, acabou por o confirmai o mesmo das 11 e 01.
Mas tudo tem o seu reverso. E a este ódio aos que trabalham e às suas condições de vida, surge pimpão, como contraponto, um verdadeiro espírito de piegas compreensivo e solidário para com os da sua classe. Traduzida por exemplo aqui nesta ode aos paraísos fiscais que, e cito-o ipsis verbis "o que evitam são os cretinos dos impostos sobre a fortuna, o que acautelam é que a penhora decorrente de avales e outros riscos garantam a subsistência de quem corre riscos de investimento".
A subsistência pois então. Parece que o mínimo dos depósitos aceites são 200 000 dele
cagalhão zé
metes pena, tadinho
já não há surpresas do teu lado
a tua barricada é a dos algozes,dos vis, dos canalhas
tu não tens razões, tens motivos
defendes ferozmente o teu quinhão e o resto é conversa mole e "treta"
e então, cobardolas, para quando um encontro ?
A comunada aí acima fica apavorada pela ideia de que não lhe garantam uma sinecura!
Fazerem-se à vida é como quem os esfola!
O idiota escatológico até se arma em valente da treta, um triste!
Catalão Zé é muito fofinho, ele tem-se esforçado por um epíteto mais assertivo!
Um filme a ver e a divulgar
«Desfaz as pílulas do "empreendedorismo", da "valorização dos recursos humanos" e do "capital humano" com que o discurso hegemónico tenta disfarçar a realidade cruel da cada vez maior alienação do trabalho neste capitalismo de casino»
Por causa disso temos que aturar as patetices do das 14 e 26 , que retoma de forma inquieta e apressada as formuladas às 11 e 01.
Sobra o darwinista social, a tentar esconjurar a denúncia e este retrato impiedoso para a "sinecura" e para o "fazer-se à vida". Acossado, tenta culpar a vítima, velho método da extrema-direita mais abjecta.
(E entretanto... o silêncio cúmplice e ternurento para os offshores que "garantem a subsistência de quem corre riscos de investimento")
Afinal o Zéquinha ainda não desinfectou.
As pragas, são assim. Aparecem sem mais nem menos e ás vezes são dificeis de acabar.
Há que arranjar novos insecticidas já que o Sheltox não funcionam.
Talvez com um mata-moscas a coisa funcione.
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