quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
O que salva, o que mata?
Paul Krugman ilustra o estado do euro num gráfico que compara o peso da dívida pública no PIB e as taxas de juro a 10 anos em 2011 e em 2013: graças sobretudo ao chamado efeito Draghi, moveram-se em direcções opostas. A propósito disto, recupero uma análise recente de Ambrose Evans-Prichard, o sempre realista comentador de assuntos económicos do conservador Daily Telegraph: “o risco para a Europa não é o da implosão da união monetária, mas sim que consigam mantê-la por um período longo com a suas fundações disfuncionais, causando um dano cada vez maior (…) O Euro é um cancro que está a matar o projecto europeu. A moeda precisa, por isso, de ser removida antes que o declínio se espalhe ainda mais.”
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7 comentários:
Nem mais Ambrose.
Curiosamente, e em contradição com Evans-Pritchard, o euro, longe de ser removido, expande-se: a Letónia aderiu ao euro agora e, no próximo ano, será a vez da Lituânia.
O euro deve ter muitas vantagens para, apesar de todos os seus defeitos, continuar a expandir-se...
O problema é que o Euro só será removido tarde demais.
E nós, num país com pessoas como o Prof. Daniel Beça a dizer que não podemos sair do Euro pois o Euro foi o projecto da vida dele e que se tinha entudiasmado com o Euro, estamos bem aviados, só largaremos o veneno quando as mãos estiverm tão desttuídas que já não consigam segura-lo.
A adesão da Letonia e da Lituania ao Euro é puramente geopolítica. Só quem não lá viveu ( e eu estive em Riga 2 anos) é que pensa que a adesão ao euro é economico-financeira.
Eles temem muito mais Putin do que Merkel. Basta ver a história dos últimos séculos entre a Russia e os Bálticos
JL
Sr. Luís Lavoura, o euro tende a expandir-se para esses pequenos países minusculos porque são facilmente pressionáveis e estava programada a sua entrada agora. A chefe de governo da Lituânia afirmara há uma ano que o euro tinha deixado de ser uma prioridade para o país e preparave-se para fazer uma desvalorização cambial para favorecer a sua economia. O país foi altamente pressionado e ameaçado, e o BCE tem feito verdadeiros artifícios para manter a moeda lituânia à força na margem de câmbio flutuante elegível. Mas veja em contrapartida os casos da Rep. Checa e Hungria. Esses já nem falam em não entrar no Euro mas sim sair mesmo da UE.
Para os Luises Lavouras
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=kdLQ9L01CNU
JL
Gráfico muito interessante.
À medida que a dívida aumenta a taxa de juros diminui.
Quando à uns anos pensava em comprar casa, à medida que a taxa de juros descia o meu desejo de divida aumentava. Ou seja, a taxa de esforço mantem-se !
Gostava de ver o gráfico do valor da transferência de recursos ao longo do tempo....
Parece-me que a ideia é manter o fluxo por mais anos, aumentando a dívida e baixando os juros. Assim é mais simpático, mas o que sai de cá é o mesmo ;)
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