Qual destas três palavras não entendeu? Não há dinheiro. Assim falava Vítor Gaspar e assim ainda falam os que pretendem tornar permanente a política de austeridade depressiva: não havia, não há e não haverá dinheiro. Não havia dinheiro e daí a troika e o seu memorando. Não há dinheiro e daí a proposta pós-democrática do Presidente da República. Não haverá dinheiro e daí o segundo resgate, qualquer que seja o seu nome, com a mesma austeridade, desta vez sem o FMI. Todas as fraudes - do "vivemos acima das nossas possibilidades" ao "todos temos de fazer sacrifícios" - e todas as políticas que estas inspiraram nos últimos dois anos - da mais predadora vaga de privatizações aos cortes nos salários directos e indirectos - são tributárias do poder de, com três palavras, enganar os portugueses com a verdade.
O resto do artigo, que saiu hoje no Público, pode ser lido aqui.
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5 comentários:
Portanto, o que fazer? Aceitar submissamente a ação desta corja que nos está a enviar a todos para o desespero, a miséria e a morte?
Um pai que pegue num taco para dispersar à paulada um grupo de rufias que está a espancar o seu filho, está a utilizar a violência de uma forma justa;
Uma mulher que crave uma lima de unhas na barriga de um energúmeno que a está a tentar violar, está a utilizar a violência de uma forma justa;
Um homem que abate a tiro um assassino que lhe entrou em casa e lhe degolou a mulher, está a utilizar a violência de uma forma justa;
Um polícia que dispara contra um homicida prestes a abater um pacato cidadão, está a utilizar a violência de uma forma justa;
Os habitantes de um bairro nova-iorquino que se juntam para aniquilar um bando mafioso (que nunca é apanhado porque tem no bolso os políticos, os juízes e os polícias locais), estão a utilizar a violência de uma forma justa;
Um povo que se revolta de forma sangrenta contra uma Máfia do Dinheiro, coadjuvada por políticos corruptos, legisladores venais e comentadores a soldo, cujos monstruosos roubos financeiros destroem famílias, empresas e países inteiros, está a utilizar a violência de uma forma justa.
Tambem me interrogo quem é que vai pagar a Brigada das Colheres (a volta do tacho público) os salarios e pensões? se por inimaginável situaçao a troika não aprovasse a proxima tranche? ja me indicaram os ricos, o novo governo, o painatal, a merkl, os paises do sul da europa, os paises do norte;mas na verdade só acredito que plausivel = vejo reduzir no tamanho das colheres e por mais papa no tacho.
Após ler o seu testemunho no seu artigo publicado no Público, apraz-me dizer:
- Que lindo discurso! Consegue o melhor dos dois mundos: além de optar por não assumir os seus compromissos, não pagando a divida; também opta por abandonar o euro, e regressar à moeda própria.
Estas soluções no mundo da utopia ou melhor no maravilhoso mundo da Alice no País das Maravilhas, funciona e soluciona temporáriamente os problemas, mas no nosso mundo real, aquele em que nós vivemos, está mais do que provado que não é solução (ex. Argentina). O que propõe é sim, o caminho mais fácil, o que não implica o assumir a realidade da mudança para uma sociedade mais produtiva e justa. Sim justa, porque para distribuir é necessário produzir! E para tal é preciso sermos competitivos à dimensão global e não só no nosso quintal, como propõe!
Que vai implicar sacrifícios, pois estaremos constantemente em competividade direta com os melhores, juntos com a elite mundial. Claro que vai.
Vai doer? Vai ser difícil? Concerteza que vai! Mas duma coisa tenho consciência é que quero permanecer e pertencer à sociedade europeia e não à uma sociedade de 3ª mundo como sempre fomos.
Cumprimentos
arredado
O amigo João Rodrigues a maioria dos ladrões de bicicletas na solução milagrosa que repetem até à exaustão (incumprimento unilateral da divida e saida do euro), talvez se tenham esquecido que nos anos de 78/79 e 82/83 não havia euro, apenas escudinhos. Não havia problemas nestes anos em financiar o deficit do Estado, ou em estimular a economia através da emissão de escudinhos, sucessivamente desvalorizados.
No entanto, apesar destas facilidades, também naqueles anos tivemos que recorrer ao FMI e aplicar várias doses de austeridade.
Porque foram necessários os emprestimos do FMI? Resposta: não tinhamos moeda estrangeira (divisas) para pagar as nossas importações (petróleo, medicamentos, maquinaria, alimentos, etc).
Sabendo isto, pergunta-se: será assim tão fácil, depois de darmos o calote unilateralmente e sairmos do euro, obtermos as divisas necessárias para pagar a totalidade das nossas importações? E, se por acaso, em retaliação ao nosso imcumprimento unilateral, os paises credores resolvessem fechar os seus mercados às nossas exportações: quais seriam as consequências para a nossa economia?
Há muitos anos que luto por uma vida e vi a crise abater-se sobre mim no momento em que o meu contrato terminou e nunca mais consegui nada apesar de ter formação superior e experiencia e ter tentado TUDO, literalmente TUDO o que pude.
Concordo com o Diogo. Violência justa, deixemos-nos de "humanismos" ridículos porque eles estão mesmo a MATAR-NOS!
Roubam nos os sonhos NÃO QUERO MAIS SACRIFÍCIOS, BASTA!!!Eu só queria VIVER, mas com qualidade, ter um emprego uma casa e poder dedicar me ao que gosto, poder ir relaxar na natureza, poder criar arte-SIM PORQUE TER SO DINHEIRO PARA COMER NÃO BASTA, É A MESMA COISA QUE SERMOS ANIMAIS DE TRABALHO QUE SÓ SERVEM PARA ESTAR VIVOS E ALIMENTAR A MAQUINA MONSTRUOSA!E ninguém me venha com a treta "ah..há quem esteja pior que tu..." isso é conversa de encher chouriços porque eu sou eu, com os meus sonhos e a minha vida eu não sou os outros, não vivo através dos outros e não sinto as dores dos outros.
ELES ESTÃO NOS A MATAR: DEPRESSÃO, DOENÇAS PROVENIENTES DA DEPRESSÃO, SUICÍDIO-ELES ESTÃO MESMO A MATAR NOS E ELES MERECEM SOFRER BRUTALMENTE!!!!
Em mim, que era uma pessoa enérgica, lutadora e determinada, mas NÃO sou de ferro,fiz tudo, TUDO o que pude e merecia ter colhido os frutos...daqui a uns anos?? Será tarde demais...destruíram-me completamente. Não aguento mais.
não aguento mais o tempo a passar, a passar, a levar me a juventude e a sofrer loucamente de humilhação e empregos que NÃO vêm, e não quero sofrer mais e os psicólogos e psiquiatras JAMAIS me vão resolver o que quer que seja (aspirinas para o cancro, como se costuma dizer. Não preciso de balelas e comprimidois, preciso de soluções reais, de emprego e prespectivas! NÃO há? Então outros que fiquem com este mundo. Eu não o quero! assisti a morte de todos os meus sonhos e estou a assistir a morte lenta dos meus amigos e família. Acabou. Estou a morrer por dentro, como uma doença terminal, e é com dor que vou abandonar esta vida para a qual eu tinha perspectivas e projectos,vou me despedir desta vida com amargura, muito ódio e revolta, e para outros que fiquem por cá, desejo vos sorte e coragem e que a destruição brutal um dia chegue aos culpados e que eles bebam o veneno com o qual nos infectaram..
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