quinta-feira, 28 de abril de 2011
Estes programas não são para social-democratas
O programa eleitoral do PS não é para social-democratas, não escondendo os compromissos com a austeridade dos sucessivos PEC, em flagrante contradição com o objectivo propalado de criar emprego e de defender o Estado social. No entanto, temos um avanço em relação ao programa de 2009 no campo da transparência. Enquanto que, em 2009, o programa do PS não referia privatizações, agora, numa das poucas propostas programáticas concretas, elas aí estão: “O programa de privatizações previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento será também implementado.” O essencial do programa concreto, apesar dos apelos pungentes de economistas muito sérios para que a farsa que PS e PSD querem montar durante as eleições possa ter credibilidade, está a ser escrito pela troika e será subscrito pelo bloco central antes das eleições.
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3 comentários:
«A VERDADE INCONVENIENTE é que não existiam, na economia portuguesa, razões substantivas quer em termos do sector financeiro, quer em termos de dívida (mais baixa do que a da Itália), quer em termos de défice (mais baixo do que o de vários países da UE) que justificassem a dimensão dos fortíssimos ataques especulativos de que foi vítima, ao contrário da Irlanda ou da Grécia...»
1- Os 'ataques' dos corruptos poderão custar milhares (ou milhões)... todavia, o cidadão poderá fazer alguma coisa...
2- Os 'ataques' dos especuladores custam milhares de milhões... e... o cidadão está de mãos atadas - não pode fazer nada!
Resumindo e concluindo: é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização obtida através da realização de um REFERENDO.
“Escolher o “mix” de impostos e de gastos que querem”.
Cada vez se torna mais claro que o timing escolhido pela “troika” (com a conivência local), para apresentação das “suas receitas”, é uma armadilha. Na prática isto representa a suspensão da democracia, tão ansiada por alguns. No meio desta desgraça toda, já nem a escolha é possível. A possibilidade de escolher tornou-se absolutamente inócua.
Creio, caro D.,H, que talvez possamos apropriadamente designar o que está aqui a ser congeminado como "protectorado de rosto humano"...
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