quinta-feira, 21 de abril de 2011

O fantasma está entre nós...

Bretton Woods foi escolhido para o congresso de 1944 a pedido de John Maynard Keynes que, após o seu primeiro ataque cardíaco, queria evitar o Verão de Washington, DC. Keynes teria um novo enfarte nas escadas do Hotel quando corria para uma reunião. Para o turista e para textos como este, contam-se estórias dos fantasmas de Keynes e da sua esposa bailarina em noctívagos passos de dança. Os economistas que entre as montanhas de Bretton Woods recusaram este mês o falso rigor do equilíbrio orçamental sabiam que o fantasma de Keynes estava com eles.

O economista e historiador Tiago Mata esteve no recente encontro de Bretton Woods, organizado pela fundação que Soros criou para promover um novo pensamento económico, e conta o que viu e ouviu no Negócios. A ler.

3 comentários:

Anónimo disse...

Afinal há especuladores bons!!Quem diria. Eu estou totalmente de acordo, mas não esperava ver-vos descer tão baixo. Qualquer dia estarão a acompanhar Otelo no apelo ao surgimento de um lider com a inteligência e honestidade de Salazar. Já faltou mais. Há por ai uns beatos de esquerda que se querem assemelhar.
Em tempos cheguei a julgar que o Soros era um sacana do piorio. Afinal não é. Porreiro, pá. O capitalismo tem coisas boas como contribuir para a liberdade.

Jorge Rocha

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Afinal há especuladores bons!!Quem diria. Eu estou totalmente de acordo, mas não esperava ver-vos descer tão baixo.
الرجل ذبح بعضهم البعض ولكن الخيول باهظة الثمن disse...
a estas horas do dia e do ano

a racionalização é difícil

a irracionalização é fácil

a demonização é simples

Morra o FMI morra

Corra com o FMI corra

E engenheiros e homens de engenho

correm

é fácil seguir difícil é liderar

Porreiro, pá.

Jorge Petreficado

João Carlos Graça disse...

O dado mais importante a reter -para além da passagem do "one-worldism" de Roosevelt ao "free-worldism" de Truman em 1945 e da correcção da subsequente "anomalia" em 1989/91 - é a passagem à inconvertibilidade do dólar por Nixon em 1972. No esquema de Keynes o dólar funcionava como super-moeda, sim, mas acima dele continuava a existir o ouro. Depois disso, nicles, o que deixou os EUA em posição de senhoriagem (e de abuso de senhoriagem) à escala mundial, podendo transferir para outros o que de outra forma seria pago secamente como inflação. O duradouro duplo D norte-americano expressa bem isso. O governo ianque pode ser "generoso" para com a sua populaça (e muito mais ainda para o "complexo militar-industrial", claro) porque goza dessa vantagem excepcional.
Dito isto, as tentativas visando criar um esquema de pagamentos directos entre os BRIC (e outros), passando "ao lado" do dólar, são o que acima de tudo me parece estar aqui em causa. É provável que os norte-americanos estejam a tentar apanhar em parte um barco que, de qualquer forma, vai largar com ou sem eles...